Minas tem 87 cidades em situação de emergência. São 10.392 desalojados e desabrigados, mais de 2 milhões de afetados, nove mortos e dois desaparecidos. Mesmo diante do quadro caótico, o início do funcionamento do radar meteorológico, que alerta para a chegada de temporais com seis horas de antecedência e poderia trazer mais segurança para a população, foi adiado pela terceira vez. O aparelho custou R$ 10,5 milhões aos cofres públicos.
Previsto para entrar em operação em tempo integral ontem, o novo prazo agora é de 15 dias. A justificativa do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) é que a técnica para a recepção dos dados e a utilização deles de maneira precisa ainda estão sendo aprimoradas pelos técnicos da Defesa Civil, que vão operar o equipamento.
A assessoria do instituto informou ainda que uma equipe de técnicos da Defesa Civil está sendo treinada para operar o radar. O grupo trabalha na tentativa de reduzir o novo prazo de 15 dias. Segundo o Igam, o treinamento é de extrema importância, já que os benefícios para a população dependeriam essencialmente da eficácia das coordenadorias municipais da Defesa Civil, responsáveis pelo atendimento à população em caso de risco.
Desde 5 de dezembro de 2011, o radar meteorológico está com operação limitada a oito horas diárias, em testes. Mas, segundo o Igam e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que também usa os dados gerados pelo aparelho, as informações produzidas pelo radar já estão sendo usadas em alertas. Boletins são disponibilizados no site do Igam.

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