Em greve desde o dia 25 de novembro, funcionários da Companhia Enérgética de Minas Gerais continuam realizando atos em Belo Horizonte em busca de acordo. Na quinta-feira (7), a manifestação do eletricitários ocorreu em frente ao Palácio da Liberdade, onde se encontrava o governador Fernando Pimentel, que naquele momento concedia uma entrevista coletiva.

“A Cemig é uma empresa, uma sociedade anônima, com ações na bolsa de valores. Portanto, é uma empresa estatal, mas de gestão privada. O governo do estado não pode entrar e não pode interferir na negociação entre a diretoria da empresa e seus servidores”, disse o Governador em entrevista.

Os grevistas discordaram da posição e seguem pressionando o Estado para que interfira nas negociações: “Não podemos aprovar de forma alguma uma proposta que retira direitos, estamos lutando pelo nosso futuro. Se a gente ceder às pressões, a Cemig vai se sentir à vontade para nos impor mais perdas nos próximos anos. Eu votei no governador Pimentel, agora estou me sentindo traído, pois meu voto se justificou na esperança de conquistar uma nova Cemig, com respeito e valorização dos trabalhadores. Estou muito decepcionado, mas acredito que a única pressão que deve ser feita é a nossa pressão para que Pimentel negocie a nossa pauta e cumpra seus compromissos de campanha”, afirmou um técnico, da Itambé, durante a assembleia da Regional Metalúrgica, realizada ontem.

Segundo o Sindieletro-MG, entre as reivindicações da categoria estão o fim da terceirização na companhia e a distribuição linear da participação nos lucros ou resultados (PLR). Entre as promessas de campanha, a categoria cobra a nomeação de 1,5 mil aprovados em concurso, uma nova seleção para acabar com funcionários terceirizados e medidas para diminuir o número de mortes em serviço.

A Cemig disse que negocia com os grevistas e afirmou manter os maiores benefícios do setor elétrico para os empregados.

 

Fonte: Informações do Sindeletro e G1||

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