Durante a reunião de segunda-feira (16) da Câmara de Vereadores, dois funcionários da Santa Casa de Caridade de Formiga fizeram uso da Tribuna do Povo para falar sobre os problemas que a entidade vem enfrentando.
A fisioterapeuta Danuse Rios e o gerente de enfermagem, José Orlando Reis representaram os mais de 400 profissionais da entidade. Na semana passada, uma centena deles participou de uma passeata pelas principais ruas da cidade que seguiu até a Câmara Municipal, onde não puderam se manifestar devido a uma decisão do presidente da Casa, Evandro Donizeth da Cunha (Piruca) que priorizou uma homenagem às mulheres já agendada para a reunião.
?Hoje a gente vive uma expectativa muito ruim dentro do hospital. É justamente pelo trabalho que realizamos lá, como na fisioterapia que faz em média 100 atendimentos por dia, a fonoaudiologia, psicologia e assistência social, cujos profissionais atendem nas UTI?s e demais setores; que entendemos que civilmente precisamos agir para mobilizar a população em prol da Santa Casa e alertar o poder público?, comentou Danuse Rios, que presta serviços na entidade há onze anos.
Gerente de enfermagem da entidade há 5 anos, José Orlando, em sua fala, explicou quantas vidas vem sendo salvas graças às UTI?s e sobre o risco que a população de Formiga e região passa a correr com o fechamento desses setores. ?A entidade não é mais referência para os nove municípios da microrregião, que representam 125 mil vidas, mas toda a região oeste do Estado, o que representa mais de 1,9 milhão de vidas e hoje se alguém sofrer um mal súbito, um infarto agudo do miocárdio, não dá tempo de chegar a Belo Horizonte, já que Divinópolis não absorve mais nossa demanda, por isso a Santa Casa é tão importante. A comunidade está se empenhando para ajudar, mas a responsabilidade maior é de quem está nos governos Executivo e Legislativo?, comentou o enfermeiro.
Os dois funcionários responderam as perguntas dos vereadores e receberam apoio pelo empenho que tem demostrado e a vontade de ajudar a entidade a sair da crise, que vem enfrentando.
Em seguida, Paulo José de Oliveira (Paulinho do Sindicato), também fez uso da tribuna. Munido de dezenas de documentos, ele discorreu sobre os vários anos em que esteve exclusivamente à frente do sindicato dos funcionários da Santa Casa. Atualmente, parte dos servidores são representados pelo Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Minas Gerais (Sindbref), que enviou nota ao Legislativo, informando que é o representante legítimo dos funcionários da entidade. ?Essa decisão, de qual o sindicato é legitimamente representante dos funcionários da Santa Casa está na justiça, porque trata-se de uma manobra do provedor anterior para nos calar. Se tivéssemos permanecido no sindicato, isso tudo que estamos vivendo não teria ocorrido, pois estávamos atentos a qualquer irregularidade?, comentou Paulo José que relembrou denúncias feitas por ele na Casa, no ano de 2011, falando sobre sumiços de altos valores e a contratação de empresas de propriedade do então provedor, Geraldo Couto, em obras realizadas na entidade.
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