Em reunião virtual realizada na manhã dessa quinta-feira (17), foi assinado o Protocolo de Intenções celebrado entre Furnas Centrais Elétricas e a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), visando a compatibilização do uso e ocupação do solo no entorno de Furnas com a legislação aplicável.

Representando Furnas Centrais Elétricas, esteve atuando o presidente, Pedro Eduardo Fernandes Brito e a Alago foi representada pelo presidente Djalma Francisco Carvalho e pelo secretário Executivo, Fausto Costa.

O documento em pauta, conforme disse o presidente de Furnas, contou com a aprovação de toda a diretoria da estatal o que, lhe dá de agora em diante, o status de compromisso a ser implementado.

O jornalista/ambientalista Paulo Coelho participou da reunião, a convite da Alago,  quando representou a Unelagos e demais movimentos sociais dos quais participa e, em sua fala, afirmou que aquele era um momento histórico, pois significava um novo tempo em que Furnas, até então vista como vilã (inimiga) de muitos daqueles que acreditaram nas potencialidades da região banhada pelo lago, e ali investiram e/ou foram objeto de ameaças, agora, é vista de forma diversa e é finalmente reconhecida como parceira em busca de soluções que permitam a retomada do desenvolvimento nesta importante região do Estado. “Certamente tudo isto representa um extraordinário ganho para a causa que defendemos há décadas (uso múltiplo, quotas mínimas e variações de nível aceitáveis)”, concluiu.

Objetivos:

A regularização das propriedades exploradas no entorno do Lago de Furnas, que há muito tempo vinha sendo questionada por órgãos ambientais e de controle (MP), e, inclusive por Furnas, agora, diante deste importante acordo celebrado, deixa de ser motivo de incertezas e de preocupações. Às populações do entorno, volta a reinar a tranquilidade e a certeza de que novamente é legítimo pensar na atração de novos investimentos, pois, como disse o próprio presidente de Furnas, a empresa reconhece que ao invés de tratar de eventuais problemas, as partes envolvidas, de agora em diante, em parceria, poderão agir em busca de soluções viáveis e menos traumáticas.  Medidas como as de compensações ambientais, certamente substituirão a temível ameaça de demolição de bens, em especial daqueles que, notadamente, ali existem há longo tempo e, portanto, estão na condição de consolidados.

Também a regularização dos níveis do reservatório de forma a se evitar as oscilações que, nos últimos anos, inviabilizaram diversos investimentos instalados na orla, os quais atuando em modalidades diversificadas dependiam e ainda dependem da garantia do multiuso das águas (agricultura, piscicultura, turismo, esportes náuticos, e tantos outros), foi objeto de discussão durante a reunião. Manutenção de um nível mínimo e com oscilações aceitáveis foi  também reconhecido como algo de vital importância para o ressurgimento e recuperação da economia local, esta  intimamente ligada à exploração das nossas águas.

A Alago, no estrito cumprimento de seus objetivos, mais uma vez, sob a liderança firme e competente de sua diretoria, nas palavras de seu presidente, reconheceu o estimulo e a eficácia da atual diretoria de Furnas e de seus competentes assessores que, sob a liderança do presidente Pedro Brito, em tempo recorde, aceitou a sugestão a ela (Furnas) apresentada, e que agora se torna exequível, com a assinatura do documento em tela.

Assim, a Alago e sua diretoria prestaram, mais uma vez, um grande serviço aos seus associados e, em especial, ao Estado de Minas Gerais. O termo hoje firmado é um marco que muda, não só o relacionamento entre as partes envolvidas. Tem ele o condão de em pouco tempo, revigorar a economia mineira na vasta região de influência do lago.

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