“Este é um problema grave e exige providências imediatas”. Foi assim que a secretária de Gestão Ambiental, Giovana Borges resumiu o pensamento dela sobre as condições em que se encontra o descarte de esgoto in-natura, no córrego do Quilombo, no bairro Nova Conquista, em razão do não funcionamento da Estação Elevatória.

A situação que já era precária no final do governo anterior, quando ainda funcionava a velha Estação Elevatória, se agravou e muito após sua desativação, no início deste ano. Isto porque o município não conseguiu fazer funcionar o novo equipamento instalado no local.

Questionado sobre a demora da solução do problema,o diretor do Serviço Autônimo de Água e Esgoto (Saae), José Pereira de Sousa (Capitão Sousa), informou que a autarquia está tendo problemas para adquirir uma nova bomba. Esta, já redimensionada e que, segundo ele, expert no assunto, deveria atender a contento aquela demanda, apesar do grande complicador lá existente e relacionado com a não disponibilidade de rede de distribuição trifásica.

A secretária Giovana, que verificou inloco o problema e que estava acompanhada da bióloga Vanessa Cristina Elias, ali compareceu a convite do editor do portal, Paulo Coelho, para opinar sobre a existência ou não do crime ambiental em razão daquela situação que perdura há meses, emitindo seu parecer a respeito e informando quais providências a pasta irá tomar em cumprimento de suas obrigações legais, inerentes e peculiares daquela secretaria, notadamente a de fiscalizar e coibir ações predatórias ao meio ambiente.

Sugestão de solução de baixo custo para solução do problema:

Sabedor de que a construção de uma rede trifásica que atenda o local onde hoje funciona a Elevatória do Nova Conquista é algo que demanda tempo e alto investimento, uma vez verificada a topografia local, este editor fez um estudo preliminar, na tentativa de sanar o problema: Isto consiste em se valer de rede já existente e próxima ao local, destinada a atender os bairros Santana I e Santana II, cuja elevatória, salvo engano, está superdimensionada até que todas as residências desses bairros estejam ocupadas. Assim sendo, o Saae que já as recebeu e hoje as opera, poderia fazer uma interligação entre a rede do Nova Conquista com a do Santana, bastando para isto que construa uma tubulação de 180 metros, com uma diferença de nível inferior a 4 metros entre sua rede atual (ponto da elevatória) e o PV da rede do Santana. Seria uma obra de baixíssimo custo – interligação com tubos de 100 mm. Esta talvez seja uma alternativa viável e que, num passe de mágica, evitaria a descarga poluente e criminosa que vem ocorrendo no córrego do Quilombo.

Giovana e Vanessa concordaram com a alternativa sugerida e entendem que uma vez tomadas às devidas providências burocráticas, já que nem autorização do Codema será necessária, pois conforme a planta a seguir nos mostra, a nova rede não interfere em área de preservação. Segundo a secretária, ela marcaria uma reunião com o diretor do Saae, para tratar do assunto e acreditam que, considerando-se o baixíssimo custo da obra proposta e a necessidade de se interromper imediatamente as causas dos danos ambientais, a sugestão proposta, certamente poderá ser acatada.

Retrospectiva (justificando a atual providência):

3 de março de 2017– o portal publicou sob o título Saae coloca em funcionamento elevatória do Nova Conquistainformação obtida junto ao diretor do Saae que comunicava a entrada em funcionamento da nova elevatória.

22 de junho de 2017– Na matéria: Dispensa de esgoto no Córrego do Quilombo gera reclamação de moradores do Nova Conquista, o portal tornou público o descontentamento de cidadãos que moram na localidade que alertavam que o mau cheiro vindo do Córrego do Quilombo estava insuportável.  Naquela ocasião, foi verificado que a nova elevatória, ao contrário do que foi informado, não estava funcionando e o esgoto colhido no bairro, mais uma vez, era descartado no córrego. Segundo o diretor do Saae, a bomba adquirida estava mal dimensionada e não conseguia lançar o esgoto até as proximidades do Unifor-MG, fazendo com que os reservatórios da estação extravasassem. Porém, o problema já estava detectado e segundo o diretor, em 15 dias, tudo estaria resolvido.

02 de agosto de 2017 – Decorridos mais de 30 dias do prazo prometido, mais uma vez uma equipe do portal esteve no local e constatou que o descarte criminoso, ainda continua.

Concluindo:

Assim sendo, mais uma vez, o UN torna pública esta denúncia.  Como de costume e por ser conduta sempre seguida por nossa editoria, levando em consideração o que acima foi reportado, ouviu a outra parte, o município.  Porém, desta  feita, o contato foi feito com a secretaria de Gestão Ambiental que por definição, é quem deveria ser acionada, já que dentre suas atribuições estão as de atuar  firmemente na defesa do meio ambiente, orientando e se necessário, coibindo ações que o ataquem.

Pelo sim pelo não, ficam registradas a denúncia e a sugestão.

O meio ambiente agradecerá as providências que as autoridades envolvidas, certamente agora, tomarão em sua defesa!

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