A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), decidiu suspender a publicidade institucional do governo veiculada no X (antigo Twitter). A suspensão tem como pano de fundo os ataques promovidos pelo bilionário Elon Musk, dono da rede social, ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o governo, essa suspensão é válida para novos contratos de publicidade e está amparada por uma norma publicada em fevereiro pela Secom que, na prática, orienta o veto à veiculação de anúncios do governo em canais que promovem desinformação na internet.
A norma, assinada no dia 24 de fevereiro, detalha que a medida tem como objetivo “coibir a monetização, em decorrência de ações publicitárias dos integrantes do SICOM, de sites, aplicativos e produtores de conteúdo na internet que ensejem risco de danos à imagem das instituições do Poder Executivo Federal por infração à legislação nacional ou por inadequação a políticas e padrões de segurança e de adequação à marca do Governo Federal”, diz o trecho do ato usado pelo governo para suspender os anúncios. A secretaria de Comunicação é chefiada pelo ministro Paulo Pimenta.
Até o momento, segundo o Portal da Transparência, o governo já investiu R$ 5,4 milhões em publicidade no X. A suspensão não tem data para terminar e continuará válida até que o governo decida se poderá manter o veto permanente aos anúncios no X ou se voltará a investir na plataforma.
Representante do X no Brasil deixa o cargo
Em meio ao embate público entre o Supremo Tribunal Federal e a rede social de Elon Musk, o advogado Diego de Lima Gualda, que representava X no Brasil, renunciou ao cargo.
A renúncia foi protocolada em 8 de abril, dois dias depois de Musk criticar publicamente o ministro Alexandre de Moraes na rede da qual ele é dono.
Gualda foi designado representante do X no Brasil em agosto de 2023 e nomeado como procurador e administrador da rede social no país.
Fonte: Itatiaia