A secretária estadual de Planejamento, Luísa Barreto, convidou os sindicatos e entidades representativas das forças de segurança pública em Minas Gerais para uma reunião na Cidade Administrativa na próxima quinta-feira (3), às 9h.

Segundo a categoria, que está em greve desde a última segunda-feira (21), é a primeira vez que o governo Zema convoca uma reunião para discutir o tema. As forças de segurança querem que Zema conceda duas parcelas de 12% cada a título de recomposição salarial, que ele mesmo propôs em 2019, mas depois mudou de ideia e vetou. Na ocasião, apenas uma parcela de 13% foi concedida.

Na última quinta-feira (24), o governador enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com a proposta de conceder recomposição de 10,06% para todo o funcionalismo público. Além disso, o auxílio-fardamento da segurança pública passaria de uma única parcela anual no valor de R$ 1.800 para três parcelas anuais de R$ 2.000. A categoria rejeitou a proposta e fez nova manifestação na sexta-feira (25) na Cidade Administrativa.

Em comunicado divulgado neste sábado (26), os sindicatos e entidades representativas afirmam que o governo não antecipou nenhuma posição no convite que fez para a reunião do dia 3 de março, mas que entendem que o encontro é resultado da pressão exercida pelo conjunto dos servidores.

O convite se estende apenas para os presidentes das entidades e não para os deputados que também fazem parte do movimento. “Ainda que impondo encontros separados com os comandantes, parlamentares e entidades associativas, qualquer um membro do Governo, em qualquer espaço, vai ouvir de todos, a mesma posição: recomposição da inflação nos termos da ata assinada em 22 de novembro de 2019, não à recuperação fiscal, e sim à integralidade e paridade”, afirmam as entidades.

“Iremos nesta agenda no próximo dia 3, prontos para defender a pauta coletiva e consensuada, e demonstrar o quanto as ações do governo estão aumentando a insatisfação da tropa, e na mesma proporção, a sua resistência”, encerra o texto.

Segundo a diretora da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol), Aline Risi, a ida à reunião não significa que há qualquer tipo de acordo com Zema. “Temos que manter a pressão e o movimento [protesto] marcado para o dia 9 de março enquanto a gente não conseguir pelo menos o compromisso que foi firmado pelo governador em 2019”, afirmou ela, que também é presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil (Aespol-MG).

Fonte: O Tempo

COMPATILHAR: