O Governo de Minas ainda não sabe quando dará início à vacinação contra a covid-19 em detentos. As pessoas privadas de liberdade fazer parte do grupo prioritário, de acordo com uma deliberação assinada pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais). No entanto, conforme a própria secretaria, “o avanço no número de imunizados está diretamente ligado ao recebimento de doses pelo Ministério da Saúde”.
Até o momento, de acordo com o “Vacinômetro” do Governo de Minas, mais de 317 mil pessoas receberam a primeira dose e 33 mil, a segunda dose, sejam da Coronavac ou da Oxford/AstraZeneca. Desse total, a maior parte dos imunizados são os profissionais de saúde – 290.088 receberam a primeira dose e pouco mais de 29 mil, a segunda.
Em nota, a SES-MG informou que a fase atual de vacinação ainda contempla os profissionais de saúde que atuam na linha de frente e que os idosos com mais de 90 anos de idade foram incluídos nesta semana, após a chegeda de mais de 315 mil doses de vacina no último domingo (7).
Uma resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (9) recomenda que o Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde deem prioridade à vacinação de servidores e pessoas privadas de liberdade.
Contaminados
Um levantamento da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostra que, neste momento, 92 pessoas privadas de liberdade estão com diagnóstico positivo para a covid-19 em Minas Gerais. Ao todo, são 60 mil pessoas sob a guarda do Estado nos presídios de Minas Gerais.
Segundo a Sejusp, os detentos que testaram opositivo estão cumprindo período de quarentena dentro das unidades prisionais e são acompanhados por equipes de saúde das próprias unidades. Todos eles estão assintomátivos ou com sintomas leves da doença. “As alas em que se encontram estão isoladas e são rotineiramente desinfectadas”, diz nota da pasta.
Até o momento, nove detentos morreram dentro de penitenciárias do Estado vítimas da covid-19. São elas:
- Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte (3 mortes)
- Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves (1 morto)
- Presídio de Divinópolis (1 morto)
- Ceresp Juiz de Fora (1 morto)
- Presídio de Sete Lagoas (1 morto)
- Presídio de Uberlândia (1 morto)
- Presídio de São Joaquim de Bicas (1 morto)