O calendário do futebol está paralisado, claro, de forma sensata, em função da pandemia do coronavírus. Mas a rivalidade nunca se encontra em estado de inércia. Recentemente, personagens da história de Galo e Raposa aproveitaram para esquentar esse período de congelamento de jogos.

Enquanto o ex-atleticano Marcos Rocha ressaltou o “prazer” de ter rebaixado os azuis no ano passado, quando atuava pelo Palmeiras, o argentino e ex-celeste Montillo revelou que está torcendo contra o compatriota Jorge Sampaoli por este ser treinador alvinegro e reiterou que é “muito Cruzeiro”.

Episódios como esses resultam em debates e embates nas redes sociais, mantendo vivo a história e o legado do maior confronto das Gerais. Mais alguns capítulos dessa briga quase centenária são relembrados nesta quarta-feira (8), em que se completam dois anos de um emblemático dérbi mineiro. Em uma partida envolta de muita polêmica, o Cruzeiro bateu o Galo por 2 a 0, no Mineirão, invertendo a vantagem obtida pelo adversário no duelo de ida e sagrando-se campeão estadual de 2018.

De lá para cá, a rivalidade evidenciou duas faces. Contabilizando aquele duelo, a Raposa saiu vencedora nos mata-matas que disputou contra o alvinegro, que, apesar disso, supera os celestes no retrospecto geral e, graças aos resultados obtidos nos últimos embates, acumula um tabu de quatro jogos de invencibilidade perante o oponente.

Eletrizante e polêmico

Se Montillo e Marcos Rocha, pivôs dos últimos embates nas redes sociais, incendiaram vários clássicos por conta de gols, assistências, declarações e títulos, em 8 de abril de 2018, os protagonistas da final do Campeonato Mineiro eram outros.

Após o Atlético largar na frente na disputa da decisão do Estadual com um triunfo por 3 a 1 no Independência – gols de Ricardo Oliveira (2) e Adilson para o Galo e Arrascaeta para a Raposa –, o Cruzeiro precisava fazer algo semelhante, ou seja, vencer por dois gols de saldo, para ficar com o título.

Em um Mineirão com mais de 40 mil torcedores – a grande maioria era azul –, o time celeste precisou de cerca de três minutos para abrir o placar e esquentar a luta pelo caneco. E aos 21 minutos veio o lance que foi o divisor de águas naquele clássico. Em uma ríspida disputa, Otero deu uma cotovelada em Edilson e acabou expulso, enquanto o lateral da Raposa, que havia deixado a sola e também o braço no pescoço no venezuelano levou apenas o amarelo do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, em um lance que gerou muita repercussão à época.

Com um a mais em campo, o Cruzeiro alcançou mais um gol, com Thiago Neves, aos 7 minutos do segundo tempo, e deu a volta olímpica no gramado do Gigante da Pampulha.

Fonte: Hoje em Dia

 

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