A Fundação Hemominas, responsável por atender a 92% das transfusões de sangue do Estado, está com um déficit de 40% no banco de sangue dos tipos A e O negativo. A baixa no estoque é comum, de acordo com Hellem Heloiza Dupin, responsável pelo setor de captação do órgão.
No entanto, a situação fica mais preocupante neste mês, quando se registraram queda no número de doações e aumento no índice de acidentes e outras ocorrências que pedem transfusões de sangue.
Janeiro também é um mês crítico porque muitas pessoas viajam e outras aproveitam o período de férias parar marcar cirurgias, explica Hellen. Ela ressalta ainda a importância de as pessoas procurarem o quanto antes um hemocentro mais próximo para fazer a doação, já que, após a coleta, o sangue ainda passa por diversas análises para ser disponibilizado. Esse procedimento leva em torno de 40 a 72 horas para ser concluído. Por isso, precisamos ter um bom estoque, afirmou.
A média de dezembro é de 280 doações diárias, o que corresponde a uma queda de 26% comparando-se com outros meses de 2011, quando o comum são cerca de 380 doações por dia. O ideal seriam pelo menos 400 coletas a cada dia, ressaltou a especialista.
De acordo com o Hemominas, o déficit no estoque de O e A negativos se deve também ao menor número de pessoas que têm esse tipo sanguíneo. Os tipos positivos são bem mais comuns, por isso, a maioria dos nossos doadores é dessa categoria, concluiu Hellem.
Como ser doador
É preciso ter entre 16 e 67 anos, estar com a saúde boa e pesar mais de 50 kg. Na hora de doar, basta procurar um hemocentro com um documento de identificação com foto.
É possível agendar a doação, ligando para o número 0800 031 01 01. Em Belo Horizonte, o Hemominas fica na Alameda Ezequiel Dias, 321, bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul.

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