Nesta sexta-feira (9), diversas lideranças, autoridades, estudiosos e empresários se reuniram para o I Seminário Hidrovia do Lago de Furnas, realizado no Náutico Clube Formiguense.
A mesa de honra foi composta pelo prefeito de Formiga, Aluísio Veloso, um dos idealizadores do projeto; pelo presidente da CBH Furnas, Pompílio Canavez; pelo prefeito de Guapé e presidente da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Nelson Alves Lara; pelo presidente da Comissão de Transportes, deputado federal Jaime Martins; pelo deputado estadual Antônio Carlos Arantes; pelo gerente de desenvolvimento e regulação de navegação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski; pelo representante do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Fábio Duarte, e pela representante de Furnas Centrais Elétricas, Luiza Cristina Krau. O seminário contou ainda com as presenças de vários prefeitos de cidades da região, representantes da imprensa, vereadores de Formiga e região, secretários municipais, outras autoridades e representantes da sociedade civil.
Durante o seminário, o deputado Jaiminho Martins anunciou uma verba de R$300 mil para o estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e social da hidrovia do Lago de Furnas, que é o primeiro passo para a liberação de mais recursos para a obra. Feito o estudo, é assinado um convênio, com o aval dos órgãos responsáveis, como a Antaq e a Marinha do Brasil, para que a obra vire realidade.
O parlamentar acredita que a obra seja viabilizada a curto e médio prazo, num período de aproximadamente um mandato, ou seja, 4 anos. Depois das explicações, os prefeitos presentes e representantes dos órgãos envolvidos no seminário, bem como o deputado Jaime Martins, assinaram um protocolo de intenções e propostas, que será enviado ao governo federal para que a hidrovia do Lago de Furnas saia do papel.

Explanações
Os temas abordados nas palestras foram: Um novo olhar do Brasil sobre as Hidrovias; Implementação da infraestrutura nas vias navegáveis interiores; Política de incentivo a navegação dos rios mineiros e Projeto da Hidrovia do Lago de Furnas.
O gerente da Antaq, Adalberto Tokarski, falou sobre ?Um novo olhar do Brasil sobre as Hidrovias?. Ele enfatizou os aspectoS institucionais da Antaq, que é uma autarquia especial vinculada ao Ministério dos Transportes e Secretaria de Portos e que desempenha a função de entidade reguladora e fiscalizadora das atividades portuárias e de transporte aquaviário. Ele falou dos benefícios com o transporte hidroviário, como menor emissão de carbono e de CO2., explanou também sobre as potencialidades da hidrovia.
Representando o Dnit, Fábio Duarte palestrou sobre a ?Implementação da infraestrutura nas vias navegáveis interiores?, quando apresentou dados técnicos e o que é preciso para a instalação da hidrovia, também falou dos benefícios, como custo do frete mais barato, melhor eficiência energética e vida útil dos equipamentos, além do melhor rendimento de combustível por tonelada/litro, tudo isso em relação ao transporte pela ferrovia e rodovia.
Segundo Fábio Duarte, para implementar uma hidrovia são necessárias três ações principais: o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (demandas e áreas de influência, logística existente e os custos de transporte e estudos e alternativas); projetos (estudos e levantamentos de campo, parâmetros de intervenção e sinalização náutica) e licenciamentos ambientais (PCA, RCA, Eia/Rima e condicionantes). Ele também falou da necessidade em estudar a logística existente e os custos do transporte.
Por fim, o presidente da CBH Furnas, Pompílio Canavez, discursou sobre o ?Projeto da Hidrovia do Lago de Furnas?, mostrando a luta dos municípios banhados pelo Lago de Furnas e o empenho dos órgãos envolvidos para que este sonho se realize. Ele também cobrou o apoio da Furnas Centrais Elétricas para este projeto arrojado.
Ao final das explanações, o secretário de Gestão Ambiental de Formiga, Paulo Coelho, falou da necessidade de se trocar as manilhas da empresa Furnas, pois os equipamentos são antigos e demandam grande quantidade de água para a geração de energia. Com a troca das manilhas, economizaria a água do Lago de Furnas, o que ajudará a manter os níveis para navegabilidade. O secretário foi bastante aplaudido e a ideia ficou de se ser levada adiante.

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