Um homem de 34 anos foi preso nessa quinta-feira (2) suspeito de aplicar golpes na compra de farmácias e vendas de medicamentos listados no programa “Farmácia Popular” do Governo Federal. Ele foi preso em Belo Horizonte e será ouvido nesta sexta (3) pela Polícia Civil.

De acordo com o portal G1, a delegada da Polícia Civil, Adriene Lopes explicou que as investigações começaram em março quando duas empresárias que teriam caído no golpe procuraram a delegacia para fazer a denúncia. Golpes em outras cidades estão sendo investigados.

O golpe

As vítimas eram proprietárias de uma empresa situada na rua Goiás, no Centro. Em julho de 2018, elas venderam o estabelecimento para o investigado e outra pessoa, que segundo a delegada, seria o comparsa dele.

O homem usou documentos de um laranja para realizar os trâmites legais da venda, incluindo o registro da alteração contratual na Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Meses depois, as ex-proprietárias da farmácia passaram a receber cobranças de fornecedores, bancos e aluguéis.

De acordo ainda com a delegada, elas chegaram a procurar os novos donos do estabelecimento. Como não conseguiram resolver a situação, decidiram fazer a denúncia.

“Quando o caso me foi apresentado identifiquei que toda a documentação apresentada pelos golpistas eram falsas. Iniciadas as investigações constatamos que os golpistas visavam aquisição de drogarias e farmácias conveniadas ao programa do Governo Federal ‘Farmácia Popular'”, afirmou a delegada.

“Eles aplicaram golpes não somente nas citadas empresárias como também a fornecedores, bancos, credores, funcionários, já que em abril deste ano eles fecharam o estabelecimento e não pagaram ninguém”, completou Adriene.

Venda de medicamentos

As investigações apontaram ainda que durante o período em que o suspeito esteve na administração da farmácia, ele simulava vendas de medicamento e pegava dinheiro do Governo Federal.

Alguns medicamentos eram fornecidos gratuitamente a população e outros com até 90% de desconto. Porém, ele cobrava valores integrais e pedia o reembolso ao Governo.

“Apuramos que na simulação das vendas fictícias eles utilizam nome e CPF de pessoas e clientes da farmácia, que na verdade, não adquiriram nenhum medicamento. Algumas pessoas já estão falecidas. Além de fraudar e adulterar receituários médicos para receber do Ministério da Saúde, e os valores referentes a vendas de medicamentos que na verdade não foram feitos”, explicou a delegada.

Outras vítimas

A Polícia Civil informou que além das vítimas feitas pelo homem em Divinópolis, há registros de que o golpe também foi aplicado em Pará de Minas e na cidade de Teófilo Otoni.

“Em Pará de Minas, compraram o estabelecimento comercial denominado drogaria Aliança Ltda, localizada na rua Caxambu 384, Bairro São Luiz. Essa farmacêutica teve um prejuízo no valor de R$ 100 milhões. Eles fizeram o pagamento por meio de cheque sem fundos. Da mesma forma o estabelecimento foi adquirido em nome de laranja. Após isso fecharam o estabelecimento e sumiram”, disse a delegada Adriene.

 

Fonte: G1||

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