A delegada Luciana de Souza Silva, responsável pela Delegacia de Orientação e Proteção à Família, apresentou na tarde desta sexta-feira (6), durante coletiva de imprensa, um homem de 42 anos, suspeito de estuprar a enteada, de 20 anos.
De acordo com a delegada, o homem não confessou o crime. Ela tomou conhecimento do caso por meio do Ministério Público, no dia 28 de outubro, e o suspeito foi preso no dia seguinte.
Luciana disse que de acordo com relatos da vítima, ela era estuprada desde os 15 anos de idade e perdeu a virgindade com o padrasto. O homem tinha um caderno com os nomes de rapazes que a jovem se relacionava. “Era uma relação passional, doentia mesmo. Ele monitorava os passos dela, e até contas em banco. Ameaçava ela com uma faca e dizia que iria comprar uma arma de fogo e que mataria ela e a família. Ele via a jovem como uma propriedade dele”.
Cadernos em que o homem anotava os nomes dos rapazes que se relacionavam com a jovem
A delegada relatou que em uma noite, a jovem saiu para uma festa. O homem a viu chegando em casa com um rapaz e, em seguida, ordenou que ela saísse com ele. “Ao voltarem para casa, a mãe dela os viu chegarem e a jovem fez um sinal para que ela ficasse em silêncio. Ela contou para a mãe o que estava acontecendo. Ao invés da mãe procurar a Polícia, ela foi pedir conselho ao padre e familiares do suspeito. Porém, mais tarde que a mãe procurou o Ministério Público e o caso me foi repassado. O inquérito foi iniciado no dia seguinte” explicou Luciana.
Ainda de acordo com a delegada, “nos depoimentos, uma amiga da mãe da menina e o irmão da vítima disseram que viram o homem beijar a jovem. As relações sexuais aconteciam no carro, em locais desertos e na própria casa deles, quando a mãe da jovem saia”.
A delegada disse que casos como esse acontecem dentro da própria família e que a vítima não pode esperar acontecer a segunda vez. Deve denunciar imediatamente.
As investigações terminaram nesta sexta-feira. O homem foi levado para a Penitenciária Regional de Formiga e pode pegar de 8 a 12 anos de prisão.
Luciana de Souza Silva, responsável pela Delegacia de Orientação e Proteção à Família
Gleiton Arantes