A produção de petróleo, minério de ferro e gás natural ajudou a indústria brasileira a registrar alta de 0,1% em outubro, revertendo a queda de 0,4% no mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE nesta terça-feira (2). No acumulado de 12 meses, o setor avançou 0,9%, menor resultado desde março de 2024.
Na comparação com outubro de 2024, houve retração de 0,5%. O desempenho coloca a indústria 2,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 14,8% abaixo do pico histórico de maio de 2011.
Setores em destaque
Entre setembro e outubro, 12 das 25 atividades pesquisadas cresceram. Os maiores avanços ocorreram em:
- indústrias extrativas (+3,6%)
- equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (+4,1%)
- confecção de vestuário (+3,8%)
- veículos automotores (+2%)
No campo negativo, destacaram-se produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,8%), derivados de petróleo e biocombustíveis (-3,9%), impressão e reprodução de gravações (-28,6%) e produtos do fumo (-19,5%).
Juros e tarifaço
O gerente da pesquisa, André Macedo, apontou que os juros elevados — com a Selic em 15% ao ano, maior nível desde 2006 — limitam o avanço da indústria ao encarecer o crédito. Apesar disso, o mercado de trabalho mostra melhora, com queda no desemprego e aumento da renda.
Macedo também citou impactos do tarifaço americano, em vigor desde agosto, sobre segmentos como madeira, calçados, minerais não metálicos e máquinas. Embora parte das sobretaxas tenha sido retirada em novembro, o vice-presidente Geraldo Alckmin calcula que 22% das exportações brasileiras aos EUA ainda estão sujeitas às tarifas adicionais.
Com informações da Agência Brasil









