O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) inicia neste mês, a certificação de origem e qualidade do algodão em pluma mineiro. O processo de certificação acontecerá sempre entre os meses de maio e setembro, datas em que acontece a safra do algodão no Estado.
O objetivo é atestar a qualidade e garantia de procedência do algodão inserido no Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas). Além disso, propiciar parcerias com o setor produtivo do algodão, já que as indústrias têxteis que comprarem o produto certificado terão uma desoneração tributária.
O Proalminas é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG) e busca incentivar a modernização da produção agrícola do algodão, além de estimular a indústria têxtil. Minas Gerais possui 29 mil hectares de área plantada de algodão, sendo que a região Noroeste é a maior produtora, com 15,4 mil hectares.
O coordenador do Proalminas, João Ricardo Albanez, explica que o algodão mineiro consumido pela indústria deve ter certificado de origem e qualidade.?A certificação é realizada como forma de cumprir a legislação vigente. Além de valorizar o produto de Minas Gerais, contempla também o produtor que recebe 9% a mais no preço do algodão?, completa.
O IMA credenciará o laboratório Minas Coton, localizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para realização das análises de fibras, além de análises visuais do produto. Os laudos emitidos pelo laboratório serão encaminhados ao Instituto para a emissão do certificado de origem e qualidade do algodão. O laboratório Minas Coton presta serviços sob a certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Por meio do certificado que será emitido pelo IMA e encaminhado às unidades de beneficiamento estaduais o setor têxtil, no ato da compra do algodão, obterá a desoneração tributária sob o imposto de operações relativas à circulação de mercadorias e sob as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (ICMS). Atualmente, o Estado conta com 18 unidades de beneficiamento, sendo 11 algodoeiras e sete cooperativas.
Parte do recurso dessa desoneração irá para o ?Fundo de Algodão? que por sua vez, beneficiará os produtores com investimentos em pesquisas, assistência técnica e logística. O ?Fundo de Algodão? é administrado conjuntamente pela iniciativa pública, representada pela Seapa-MG, e privada, através da Associação Mineira dos Produtores de Algodão de Minas Gerais (Amipa).
De acordo com o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, a certificação do algodão proporcionará uma maior garantia de mercado ao produtor. ?Ele terá mais competitividade devido à qualidade e valor agregado ao produto, certificado como genuinamente mineiro e de acordo com as normas de qualidade definidas pelos principais setores de consumo?, informa.
Rodrigues Neto lembra ainda que os programas que o Estado vem desenvolvendo para aprimorar a qualidade dos produtos agropecuários agregam não só valor, mas também confiança no consumo de produtos mineiros.
Certificação
O IMA é responsável pela certificação de origem e qualidade dos produtos agropecuários e agroindustriais produzidos em Minas Gerais.
Além de certificar a origem do algodão, o IMA também atua na certificação de produtos como, cachaça, café, queijo minas artesanal, produtos hortigranjeiros orgânicos, café sem agrotóxico e na rastreabilidade bovina.
Os interessados nestes serviços poderão procurar a Gerência de Certificação do Instituto, através do site www.ima.mg.gov.br.

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