Os consumidores que querem assistir à Copa do Mundo em um televisor de 29 polegadas terão que pagar 44,94% do valor cobrado somente em impostos. O produto, que sofreu reajuste de 6% em relação à competição de 2006 (38,34%), está entre os nove listados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) que mais sofreram com o aumento da carga tributária.
Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a alta aconteceu por causa do incentivo que foi dado pelo governo em 2006 para estimular a compra dos aparelhos com alíquota menor do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Já o refrigerante, por exemplo, sofreu uma readequação da margem de lucro das empresas, passando de 45,11% para 45,80% em 2010.
Apesar de ter apresentado leve queda nos últimos quatro anos, a cerveja ainda é o item que tem embutido em seu preço o maior imposto – 54,80% -, seguido pela bola de futebol, com 46,49%.
Camisa (34,67%), bandeira (36,20%), apito (34,48%), pipoca (34,82% e amendoim (36,54%) apresentaram queda nos impostos, principalmente, pelo fim de um dos tributos que compõem o valor, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF.
A cobrança de impostos no Brasil tem uma característica muito ruim do país porque incide de forma muito grande no consumo. Duas pessoas que compram a mesma TV, independentemente da renda, vão pagar os mesmos impostos, e isso acaba prejudicando os mais pobres, critica Olenike.

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