O Instituto de Previdência de Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) completa nesta segunda-feira (24) 100 anos. Porém, os médicos que trabalham no sistema e os pacientes que dependem do serviço dizem não ter muito que comemorar. A principal unidade de atendimento, o Hospital Governador Israel Pinheiro, convive com problemas antigos, como falta de profissionais, de estrutura e demora no atendimento.
Uma professora aposentada conta que, há quatro meses, tenta, sem sucesso, marcar uma consulta com um endocrinologista para acompanhar o diabetes. Ligo toda semana. Na última, falaram que só tem uma médica atendendo e que a agenda dela só tem horário em novembro, reclama.
Um cirurgião cardiovascular confirma que faltam profissionais. A situação mais grave é a do Centro de Terapia Intensiva (CTI). A ala com 48 leitos foi inaugurada em 2000, mas nunca funcionou com essa capacidade. Hoje tem 19 leitos. Se houvesse mais médicos e enfermeiros, mais pessoas poderiam ser atendidas, diz.
As cirurgias cardiovasculares eletivas, que são agendadas, estão suspensas desde o início do ano. De acordo com um clínico geral, só a reposição de material melhorou na instituição nos últimos anos. Isso, porque o serviço do almoxarifado foi terceirizado, disse.
Contratações
A previsão da instituição é de fazer um concurso em dezembro. O último foi em março de 2010, com 304 vagas, mas nenhuma para médicos – apenas para enfermeiros, farmacêuticos e técnicos em enfermagem e farmácia. Procurado, o governo de Minas não se manifestou.

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