Você sabia que o transporte aquaviário representa hoje a modalidade de menor custo operacional e ambiental? E que apesar do contínuo aumento da participação deste segmento na matriz de transportes brasileira, esta modalidade ainda não obteve o necessário aporte de investimentos e incentivos para assumir sua posição de destaque, uma vez que esta opção oferece inúmeras vantagens em relação aos demais meios de transporte?
Com o objetivo de mudar essa realidade, promovendo ações para conquistar uma nova política pública em relação ao transporte hidroviário brasileiro, o deputado federal Jaime Martins (PR/MG) apresentou no dia 3 um requerimento na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados para a realização do 2 º Fórum sobre Hidrovias do Brasil.
De acordo com o parlamentar mineiro, o fórum servirá para dar continuidade ao debate sobre a criação de um plano nacional para melhor aproveitamento do potencial hidroviário brasileiro, assemelhando-se a um Plano de Aceleração do Crescimento para as Hidrovias (PAC). Geograficamente, o Brasil possui enormes bacias hidrográficas, com rios de grande extensão e volume de água, favorecendo a utilização dessas vias naturais, que materializam a nossa vocação para o transporte aquaviário. Este imenso potencial deveria ser explorado de maneira firme e determinada para produzir um significativo aumento da capacidade dos sistemas hidroviários brasileiros. O fórum proposto pretende discutir as prioridades para o transporte aquaviário, abrangendo os principais gargalos para o setor, como a recuperação da capacidade atual, a expansão dos trechos navegáveis por meio da construção de eclusas e dragagem, a construção de terminais multimodais para garantir a integração e conectividade de todos os meios de transporte e maior acesso às hidrovias?, disse o parlamentar.
Jaiminho Martins ressaltou ainda que ?é preciso compreender que o aumento da capilaridade do sistema hidroviário e da oferta desse modal, que possui custo reduzido em comparação aos outros modais, trará enormes benefícios para todas as regiões deste País, promovendo maior integração e competitividade para produtores dos setores mineral, agropecuário e industrial. Ao trazermos o debate para este fórum, poderemos oferecer as contribuições desta Comissão para apoiar e propor iniciativas que objetivem encontrar melhores soluções para o desenvolvimento do transporte aquaviário brasileiro, ampliando o uso desta modalidade e estendendo a oferta desse modal para centros produtores ainda carentes de acesso às hidrovias, argumento Jaiminho, que citou também ao 1º Seminário sobre a Hidrovia do Lago de Furnas, realizado em Formiga, em abril do ano passado,como um dos braços do debate em prol do potencial Hidroviário.
Jaime informou ainda que à exemplo do 1º Fórum de Hidrovias, promovido pela CVT no ano de 2009, enquanto era presidente da comissão, deverão participar do Fórum representantes do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), da Agência Nacional de Águas (ANA), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes ( Dnit), da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de secretários estaduais de transportes, das empresas de administração das hidrovias, dirigentes de órgãos e empresas públicas do setor aquaviário, empresários do setor de transportes aquaviários, técnicos, órgãos de imprensa e outros.

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