O governador de São Paulo, José Serra, admitiu na última sexta-feira (19) que será o candidato do PSDB à Presidência da República. Derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, ele deve enfrentar a preferida do petista para sucedê-lo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Em entrevista a um programa da TV Bandeirantes, o tucano deixou de lado as respostas evasivas que deu à imprensa nas últimas semanas e não negou que seria candidato. Ao declarar que não fará campanha neste momento e que não negava a candidatura, acabou deixando nas entrelinhas que concorreria ao cargo. O governador disse ainda que vai ajudar a organizar sua candidatura no início de abril.
Sobre a escolha do vice, Serra disse que essa será uma decisão que os aliados consideram crucial em sua campanha. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, é cotado para entrar na disputa, mas rejeitou a hipótese até agora para se concentrar na busca por uma vaga no Senado e na tentativa de reeleger seu sucessor, o vice Antonio Anastasia/PSDB. O DEM, aliado histórico do partido, até aceitou ceder sua vaga a Aécio Neves.
Há quatro anos, Serra era prefeito de São Paulo e estava com dúvidas sobre se concorreria ao Palácio do Planalto, depois de perder a indicação do partido para Alckmin. No fim do prazo de desencompatibilização, o tucano deixou a prefeitura paulistana para Gilberto Kassab /DEM e venceu Mercadante no primeiro turno. Desde então, aparece nas pesquisas de intenção de voto como líder nas preferências para ocupar o cargo de Lula.
Nas últimas semanas, no entanto, Dilma tem reduzido a desvantagem em relação a Serra, ministro do Planejamento e da Saúde no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Pesquisa Ibope divulgada nesta semana, apontou o tucano com 35% das intenções de voto contra 30% da petista.

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