A Justiça de Minas Gerais determinou a prorrogação por mais 30 dias da prisão da mãe, de 24 anos, e do companheiro dela, de 39, suspeitos de envolvimento na morte de uma criança de nove anos. O caso aconteceu no bairro Flávio Marques Lisboa, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (16) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Segundo apuração da Rádio Itatiaia, o menino deu entrada no Hospital Júlia Kubitschek, no bairro Milionários, no dia 23 de agosto. Na ocasião, a mãe e o padrasto alegaram aos médicos que a criança havia caído na escola e machucado a perna. A equipe médica, no entanto, suspeitou da versão, já que o menino apresentava diversos ferimentos, como machucados no abdômen, no nariz e também lesões internas.

De acordo com o documento que embasou o pedido de prisão, a mãe confessou, em depoimento, ter agredido o filho com chineladas e tapas no abdômen e nas costas, afirmando que “passou do ponto” e que, no momento das agressões, estava sob efeito de cocaína.

O companheiro da mulher, por sua vez, apresentou uma versão considerada contraditória. Ele disse estar em casa quando o menino retornou da UPA, mas negou ter presenciado qualquer agressão. A mãe, porém, afirmou que ele não estava na residência nesse período. O mandado de prisão destaca que “tal contradição evidencia tentativa de manipulação dos fatos e obstrução da investigação, além de indicar possível coautoria ou omissão relevante”.

Familiares da vítima também relataram um comportamento anormal por parte da mãe durante o velório do menino. Segundo os depoimentos, ela chegou sorridente e sem demonstrar sinais de luto. O padrasto não compareceu à cerimônia.

O caso segue sob investigação, e os dois suspeitos permanecem presos preventivamente enquanto novas diligências são realizadas pela polícia.

Com informações do Itatiaia

 

COMPARTILHAR: