No Rio de Janeiro, o rigor maior contra motoristas alcoolizados deu resultados. A chamada operação lei seca começou há quase um ano e reduziu em 26% o número de vítimas de acidentes de trânsito.
O chope depois do trabalho é tradição que não se mexe. Mas, hoje, quem bebe, dificilmente se arrisca a repetir um velho erro. ?Bebeu não pode dirigir?. ?O carro fica em casa. Como estou perto de casa, vou a pé?. ?Eu a levo comigo. Eu a proibi de beber, aí ela dirige?, relatam alguns chefes de família.
No Rio, a lei seca não mudou só os hábitos. A fiscalização no estado é rígida. Segundo os coordenadores, todos os dias são abordados até 1,7 mil motoristas nas operações que são realizadas na capital e na Região Metropolitana.
Os números das blitzes também revelam o rigor na aplicação da lei: desde março de 2009, quando a lei entrou em vigor, foram 161 mil testes de bafômetro, 33 mil multas, 13,5 mil habilitações apreendidas e 10 mil carros retirados das mãos de quem tinha bebido.
O número de vítimas, em praticamente um ano, caiu 26%. O que significa que 4,5 mil pessoas deixaram de se envolver em acidentes.
?Não há concessão. Nós temos dois focos: o fiscalizatório, porque o cidadão, infelizmente, tem que sentir no bolso, e a conscientização, que é feita pelos nossos cadeirantes, num trabalho de educação junto aos bares, restaurantes, casas de show e boates?, declarou Carlos Alberto Lopes, coordenador da operação lei seca.
Segundo o governo do estado, uma pesquisa revelou que 97% da população aprovam a fiscalização.
?Meu filho tem 24 anos, só sai de táxi quando vai para as noitadas. Acho um espetáculo. Essa lei deu muita tranquilidade para os pais?, afirmou a pedagoga Silvia Marins.

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