O papa Francisco enviou uma carta para o pai de Henry Borel, Leniel Borel, e para a avó paterna da criança, Noeme Camargo, em que lamenta o assassinato do menino. O documento foi enviado em 24 de abril, em resposta a uma carta que Camargo enviou ao Vaticano, e revelado nesta terça-feira (18) pelo jornal O Globo e pelo portal UOL.

“O Santo Padre recebeu a carta, triste e aflita, que lhe enviou no dia 14 deste mês de abril, contanto nela as horas amargas que vive o povo brasileiro e também a loucura humana que levou ao massacre do pequenito Henry Borel”, diz parte da carta divulgada e assinada pelo padre Luigi Roberto Cona, que atua como assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano.

O religioso ainda pontua que, “considerando o caso dramático referido na missiva, o papa Francisco incumbiu-me de assegurar a sua paterna vizinhança e solidariedade ao pai Leniel Borel, à avó Noeme Camargo, confiando-os à proteção da Virgem Maria com os desejos bons que cada um traz no coração”.

“O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferença e do ódio que sente crescer ao seu redor, não se deixe contaminar pelo ódio, transformando-se a sua imagem e semelhança. Seja do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: ‘Não tereis o meu ódio'”, ressalta ainda a carta.

A morte do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorreu em 8 de março, e a mãe da criança, Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, o vereador carioca Dr. Jairinho, estão presos preventivamente sob a acusação de assassinato da criança.

Os dois responderão judicialmente por homicídio triplamente qualificado, tortura, coação e fraude processual. Monique também responderá por falsidade ideológica.

Fonte: Itatiaia

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