A Justiça condenou 15 pessoas presas durante a 1ª fase da Operação Calhambeque, no Sul de Minas. A ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) combate uma quadrilha de receptação e venda de carros roubados que atua em Minas Gerais e São Paulo.

De acordo com o MP, as 15 pessoas condenadas foram presas durante a 1ª fase da Operação Calhambeque, que aconteceu em Varginha, em Elói Mendes e em Três Pontas, em novembro de 2017.
Na primeira fase da operação, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva.
“Na oportunidade, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 15 investigados pelos crimes de receptação qualificada, estelionato, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e organização criminosa”, afirma o MP.

Entre os condenados, um policial civil, empresários e advogados. De acordo com o MP, Wagner de Souza Guimarães é empresário em Elói Mendes e seria o chefe da quadrilha. Ele foi julgado e pegou 97 anos, nove meses e oito dias de prisão em regime inicial fechado. Ainda cabe recurso.

 Crimes em sequência

A ação deu sequência em outubro de 2018, com a segunda fase da operação, onde os líderes de organizações criminosas de Varginha foram denunciados.

O MP apurou que essas pessoas cediam o espaço para que os veículos fossem desmontados e também auxiliavam no transporte de peças, cedendo veículos próprios para que essas peças fossem transitadas entre Varginha e Elói Mendes.

 Na época, sete pessoas foram condenadas pela prática dos crimes de receptação qualificada e corrupção de menores. “O combate a tais crimes é de fundamental importância social em razão de fomentarem a prática de delitos extremamente graves, tais como roubos e latrocínios, além de influenciarem negativamente nos valores das apólices de seguros. Estima-se que os sinistros fraudulentos, em apenas um ano, causaram prejuízo de R$ 520 milhões, segundo a Confederação Nacional de Empresas de Seguros”, diz.

 Ainda segundo o Ministério Público, outras frentes de apuração foram abertas, que resultaram em prisões preventivas e no oferecimento de diversas denúncias após a existência de corrupção policial para a regularização dos veículos roubados. “Referidas ações penais, no total de 12, se encontram em andamento”, ressalta.

Fonte: Estado de Minas

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