Maria Aparecida Moreira de Carvalho, de 67 anos, e Renato de Carvalho Loureiro, de 34 anos, mãe e filho, foram encontrados mortos dentro da própria residência na noite dessa terça-feira (5), em São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes. O homem cumpria pena na APAC – Associação de Proteção e Assistência ao Condenado.
Como ele não havia retornado para a unidade no período da noite, uma encarregada da associação foi até a casa das vítimas. Ao chegar no imóvel, ela encontrou a residência fechada e, com a autorização de familiares, forçou o portão da garagem e encontrou o corpo de Renato caído em uma poça de sangue.
Na casa, a Polícia Militar (PM) se deparou com os dois corpos. No interior do imóvel, havia muitas marcas de sangue no chão, nas paredes e em cima da cama do quarto onde estava o corpo da idosa, apresentando indícios de possível luta entre a vítima de 34 anos e o assassino. No local, a polícia encontrou objetos quebrados e muita desordem. A fechadura do quarto da frente também apresentava sinais de arrombamento. Mãe e filho apresentavam terem sido golpeados violentamente com algum objeto cortante.
Segundo informações repassadas à polícia, Renato estaria sendo ameaçado por um indivíduo que se encontra preso no Presídio Regional de São João del-Rei. E uma das razões das ameaças estaria relacionada ao fato de que o cidadão exercia na APAC, função relacionada ao controle de condutas disciplinares dos outros apenados.
A vítima estava trabalhando, atualmente, na residência onde ocorreu o crime, como vendedor autônomo de roupas e acessórios para aparelhos celulares. Renato também costumava dar carona para outro apenado identificado como Maicon Douglas Lacerda Pelagio, que também não compareceu na APAC na noite de terça-feira (5), por seu carona não ter aparecido. Com medo de chegar atrasado e ter o regime de cumprimento de pena regredido, Maicon buscou outra forma de retorno para a intuição, mas acabou se deslocando para casa de uma mulher.
A polícia o encontrou escondido e, ao realizar a busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado. Aos militares, Maicon contou que soube da morte de Renato e também que tinha conhecimento sobre as ameaças que a vítima vinha sofrendo. Pelo que relatou aos policiais e por não ter retornado ao sistema prisional conforme o determinado, a Maicon foi dada voz de prisão em flagrante.
O caso está sob investigação da Polícia Civil.
Fonte: Itatiaia / Com informações de Isabela Castro.