Uma operação conjunta da Polícia Civil, Ministério Público de Minas gerais e Polícia Rodoviária Federal terminou com a apreensão de mais de 300 quilos de cocaína, na Rodovia Fernão Dias.

A droga estava escondida em uma carreta que transportava tubos plásticos. A apreensão foi em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas os investigadores e o delegado já estavam acompanhando o deslocamento da carga. Foram pelo menos 40 horas de monitoramento até o momento da interceptação. A apreensão foi no sábado (23), mas o resultado da operação só foi divulgado hoje.

Três pessoas foram presas. O motorista da carreta e outros dois homens que, de acordo com a Polícia Civil, são os donos da carga e apontados como os chefes da organização criminosa. “Geralmente, para chegar nas lideranças do esquema de tráfico, a gente começa de baixo para cima. Dessa vez, o que chama a atenção, é que os ‘patrões’ estavam fazendo o transporte do material por causa do valor da carga”, explica o Delegado da Polícia Civil Antônio Prado.

Os presos são donos de postos de combustíveis e lojas de conveniência no estado de São Paulo. A polícia não descarta que as empresas sejam usadas de fachada para a articulação criminosa. Um deles já tinha passagem por furto.

Os homens foram levados para o Ceresp Gameleira e vão responder por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Segundo a investigação, a droga saía da cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, passava por Paraná e São Paulo até chegar em Minas Gerais, de onde era distribuída para estados da Região Nordeste. São 323 quilos de cocaína. É a maior apreensão desse tipo de droga feita pelas forças de segurança em Minas Gerais.

A apreensão do material fez parte de um trabalho em conjunto entre Polícia Civil, do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Rodoviária Federal. A operação foi batiza de Conexão, já que a organização criminosa atuava em vários estados.

Nota de R$ 100

Durante a apreensão, os investigadores encontram nas barras de cocaína cópias da nota de R$100. “A referência à cédula pode ter relação ao valor do material para os criminosos. Isso explica o fato dos próprios donos da carga acompanharem o transporte até o destino”, disse o delegado.

Matéria do G1

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