O Ministério da Saúde (MS) vai incorporou o trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica no País, lançado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado. O ministério investirá R$130 milhões/ano para disponibilizar o medicamento.
O câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre as mulheres. No Brasil, estimam-se 52.680 novos casos em 2012 e o mesmo número para 2013. A expectativa é que o trastuzumabe beneficie 20% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial e avançado?, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha à época do anúncio, em julho deste ano.
A partir da publicação, no Diário Oficial da União (DOU), o SUS tem prazo de 180 dias para efetivação da oferta do remédio na rede, que deve acontecer em janeiro de 2014. O medicamento diminui em 22% o risco de morte de mulheres com a doença e ainda reduz as chances de reincidência do câncer.
A incorporação do trastuzumabe foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e avançado.
O trastuzumabe é um dos primeiros medicamentos incorporados no SUS a partir da Lei 12.401, de 2011, que criou a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A Conitec define regras que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e eficácia desses medicamentos, que devem ter registro nacional e ser reconhecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O documento estabelece também que seja publicado um protocolo de como e em quais as situações cada medicamento deve ser utilizado.
O medicamento é um dos mais procurados. Em 2011, o ministério gastou R$ 4,9 milhões para atender a 61 pedidos judiciais. Esse ano já foram gastos R$ 12,6 milhões com a compra do trastuzumabe por demanda judicial.
De acordo com Padilha, essa aquisição só foi possível devido à economia de custos gerada por inovação tecnológica, parcerias público-privadas, comparação de preços internacionais e a centralização de compras. ?A melhor gestão dos recursos possibilitou gerar uma economia de R$ 1,7 bilhão/ano no orçamento do ministério. Isso nos permite ampliar o acesso dos brasileiros às novas tecnologias?, explicou.

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