Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (19), a Associação Mineira de Médicos Residentes decidiu manter a greve por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo Diretor da associação, José Humberto.
O governo federal ofereceu, na segunda-feira 916), 20% de aumento a ser pago no ano que vem. Segundo José Humberto, os residentes de todo o país acharam a proposta insuficiente e decidiram continuar com a greve.
Ainda de acordo com José Humberto, os atendimentos de urgência e emergência foram mantidos. Os médicos residentes suspenderam os trabalhos nos consultórios e enfermarias. Os pacientes serão atendidos por enfermeiros e médicos em menor número, o que pode prejudicar os trabalhos.
Os residentes reivindicam um reajuste imediato de 38,7% no valor da bolsa, para que a remuneração base chegue a R$2.658,11. Segundo a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), a categoria está há quase quatro anos sem alteração na remuneração.
Os médicos também reivindicam pagamento do auxílio-moradia e auxílio-alimentação e extensão da licença-maternidade para seis meses. Ainda de acordo com a ANMR, os médicos residentes se queixam da carga horária, que extrapola as 60 horas determinadas; além dos plantões sem supervisão e remuneração.
Segundo José Humberto, médicos do Hospital da Baleia e do Ipsemg vão aderir a greve a partir de sexta-feira (20). Já estão em greve médicos do Hospital das Clínicas, Odilon Behrens, Pronto Socorro João XXIII, Hospital Infantil João Paulo II, Instituto Raul Soares, Santa Casa, Socor, Hospital Municipal de Contagem, Hospital Eduardo de Menezes, entre outros. A greve também conta a adesão de outros municípios como Montes Claros, Pouso Alegre, Itajubá, Uberlândia, Uberaba e Juiz de Fora.
Manifestação
Na sexta-feira os médicos residentes vão fazer uma manifestação em frente ao Hospital Odilon Behrens. Na terça-feira eles devem fazer uma passeata pela cidade, a concentração será as 10h em frente ao Hospital João XXIII. Já na quinta-feira será feita uma campanha de doação de sangue.

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