A 5ª edição do Festival da Canção de Formiga (Festifor) foi realizada nos dias 17,18 e 19 de julho e reuniu cerca de 200 pessoas por noite na praça da matriz São Vicente Ferrer.
O evento que até 2013 classificava artistas da cidade para a etapa local do Festival Nacional da Canção (Fenac), esse ano foi realizado de forma independente e distribuiu R$ 16.000 em prêmios. Nas noites de quinta e sexta-feira foram apresentadas 30 músicas (15 em cada noite), sendo selecionadas 15 para se apresentarem no sábado e disputarem as premiações que somadas chegavam a R$16 mil, além do Troféu Carlos Basílio.
Deste valor R$ 11 mil se destinaram a concorrentes inscritos por outras cidades e R$ 5 mil, foi a premiação dos artistas formiguenses que mais se destacaram?, dentre estes, os autores da canção colocada em 4º lugar geral que, inexplicavelmente, não foi considerada pelos competentes julgadores como tendo sido a melhor música de artistas desta cidade. Mas, como o regulamento, democraticamente, não admitia qualquer apelação, a coisa permanecerá como tal. Houve quem comentasse este fato, comparando-o à premiação de Messi, o escolhido como o melhor jogador da copa.

Das cinco melhores canções do Festival, quatro são de compositores de outras cidades, incluindo a vencedora, cujo compositor é Ilha Solteira/SP.
Confira a classificação geral e as premiações:
1. Pelos cantos ? de Tavinho Limma (Ilha Solteira/SP) ? R$ 5 mil
2. O sorriso da Sombra ? de Aristônio Canela (Montes Claros MG ? R$3 mil
3. Estrada – de Ruthe Glória (Praia Grande/SP) R$2 mil
4. Borrões – de Saulo e Samuel Ribeiro (Formiga/MG) R$1.500
5. Um só coração – de Pedro Hoisel Ferraz (Belo Horizonte/MG) R$ 1 mil
Apesar ter sido escolhida pelos jurados como a quarta melhor canção do festival, a música ?Borrões?, como já dito anteriormente, não foi considerada pelos julgadores como a melhor de Formiga. As melhores da cidade foram: 1º lugar, ?Flor do Amor?, letra e composição de Jatanael Alves (diretor da Emmel) e em 2º lugar, ?Pele estampada?, letra de Samuel Ribeiro e composição de Saulo Ribeiro.
De acordo com a Secretária de Cultura tudo ocorreu dentro do que estava previsto no edital, que não previa a premiação das melhores canções de Formiga, mas sim das duas que ?mais se destacaram?, só não se sabe em quais quesitos. Diante do resultado apresentado concluímos que a canção intitulada ?Borrões? não alcançou destaque conforme previsto no regulamento.
Diz a secretária em nota oficial:
?Esclarecemos (ou relembramos) aos que seguiram o Edital, que este resultado seguiu o Cap. 1 do regulamento, que em seu Art. 3º, diz que ?O FESTIFOR classificará e premiará as cinco (5) melhores músicas apresentadas, reservando dois prêmios especiais aos artistas de Formiga que mais se destacarem?. E que no seu Cap. 6, Art. 30, estão os valores de cada um dos prêmios a serem distribuídos aos melhores trabalhos. Quanto aos critérios de votação e de distribuição desses prêmios, o Cap. 5, Art. 26 do mesmo edital diz que ?As decisões da comissão julgadora, em quaisquer etapas, serão soberanas, e sobre o seu resultado não caberão recursos nem esclarecimentos adicionais.?, afirma a nota da secretária de Cultura Elizabeth Baptista.
Para conhecer melhor o corpo de jurados composto por Sérgio Luis Garibaldi (secretário de Cultura de Arcos), José Carlos Gonçalves (maestro do Coral da Emmel), José Luis Amarante Garcia (tenor, irmão da Sec. Adjunta – ad hoc – Maria José), Warlen Alves Leal e Jorge Bodeus, músicos conhecidos desta cidade.
A redação do Portal pediu mais informações sobre as qualificações que os levaram a fazer parte do júri. Apesar de negar a informação, a administração, por meio da secretária de Cultura, elogiou a competência dos mesmos: ?Os jurados foram escolhidos pela sua lisura, pela sua capacidade específica para cumprir cada um critérios (sic) estabelecidos pela comissão organizadora, também esta, bastante capaz de orientar projetos de tal quilate. Todos os componentes do júri foram escolhidos e convidados pela sua capacidade de avaliarem os elementos musicais, poéticos, a linguagem conotativa da construção de cada trabalho musical, a qualidade dos intérpretes e da sua performance perante o público, a sua interação com a plateia etc. (Aliás, estes requisitos foram repassados, inclusive, ao público, na última noite, para que ficassem bem claras as ações e intenções deste 5º FESTIFOR). Seu trabalho eficiente e sua conduta impecável é motivo (sic) de orgulho para os que fizeram, deste 5º FESTIFOR, um evento inesquecível! E, finalizando, citamos o Art. 30 do Edital, que preconiza que ?os casos omissos neste regulamento ou não esclarecidos, serão resolvidos pela Comissão organizadora do 5º FESTIFOR, não cabendo recursos contra suas decisões.?, encerra a nota.
Reclamações
Apesar da divulgação da Secretaria de Cultura que garantia que durante o Festival haveria barracas para a venda de comidas e bebidas não foi o que ocorreu. Além dos carrinhos de cachorro-quente que trabalham no local, independente dos eventos, apenas uma barraca de bebidas (drinks), foi montada na área do festival a partir de sexta-feira (segundo dia do festival).
A qualidade do som também foi discutida. Muitos dos que se apresentaram com mais de um instrumento reclamaram de microfonias e problemas no equipamento.

Nota da Redação:
Se não houve modificações no Regulamento, informamos à autora da nota oficial que de acordo com a cópia do regulamento em nosso poder e divulgado no site oficial, o ARTIGO 28 preconiza textualmente:
(…) Prêmios Formiga
? 1º lugar: Formiga. Troféu Carlos Basílio ? R$ 2.000,00
? 2º lugar: Formiga. Troféu Carlos Basílio – R$ 1.500,00

Permanece a nossa dúvida sobre a questão ? para nós mal explicada oficialmente ? no tocante à escolha do maior destaque para a premiação de artistas formiguenses. Nos parecem conflitantes os artigos 3º e 28º do Regulamento.
Igualmente estranha é a postagem feita pela própria secretária, em sua pagina no Facebook, citando a música ?Borrões?, como DESTAQUE do FESTIFOR. (Veja foto acima).

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