Com 166 mortes confirmadas pela doença, o período de monitoramento atual – que vai de julho de 2017 a junho deste ano – supera todas as medições já realizadas pela Secretaria de Saúde (SES-MG).

Até então, o recorde era de 162 óbitos, registrado entre julho de 2016 e junho de 2017. Em número de casos, Minas tem hoje 475 confirmações, mesmo número do balanço anterior.

Para especialistas, o avanço da doença no território mineiro é um sinal de que os cuidados preventivos precisam ser ainda mais rigorosos. O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano Silva, afirma que o alerta serve tanto para os órgãos públicos quanto para a sociedade.

“Será necessária uma efetividade maior nos cuidados. A razão principal para chegarmos a esse patamar está ligada a falhas nesses procedimentos básicos”, avalia. Segundo ele, a vacinação é a forma mais eficaz de proteção.

Ainda assim, o médico acredita que em 2019 os casos de febre amarela começarão a sofrer queda no Estado. “Muitas pessoas já foram vacinadas, incluindo idosos e quem tem problemas de saúde muito específicos. Portanto, se não houve redução das notificações agora, poderá ser notado nas próximas medições”, explica.

Imunização

Hoje, mesmo com quase 95% de cobertura vacinal, Minas tem cerca de 1 milhão de pessoas que ainda não se imunizaram contra a febre amarela, segundo o último boletim epidemi-ológico da SES–MG, publicado nessa quarta-feira (2).

O órgão afirma que o problema é maior nas zonas rurais do Estado, o que acaba favorecendo a contaminação dessa população pelo vírus que se encontra em circulação por meio dos vetores silvestres.

Além disso, a secretaria destaca o problema de parte dos mineiros que, devido a informações equivocadas a respeito da vacina, criam resistência para tomar a dose, “mesmo quando há a busca ativa por parte das equipes de saúde dos municípios”.

Letalidade

Por nota, a SES-MG ainda informou que, desde o início do novo surto, observa redução na letalidade da doença. De acordo com o órgão, o índice era de quase 80% e, atualmente, é de aproximadamente 33%.

Até o momento, Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Mariana, na região Central, lideram o ranking de casos, com 38 registros cada. Nova Lima, na Grande BH, tem 33 doentes confirmados e dez mortes. Na capital, até o momento, são 12 notificações de febre amarela. Desses, quatro evoluíram para óbito.

 

 

Fonte: Hoje em Dia||

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