A expansão da atividade industrial registrada no ano passado ? de 6%, a maior desde 2004 ? alcançou todas as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A liderança do quadro ficou com o estado de Minas Gerais, com crescimento de 8,6%.
Segundo o IBGE, a expansão da produção industrial no estado é sustentada, sobretudo, pelo dinamismo vindo da indústria automobilística e da boa performance do setor extrativo, apoiado nas vendas externas de minérios de ferro. Apesar da alta no ano, no entanto, houve queda na taxa de dezembro, que recuou 1,1% frente ao mês anterior. Na comparação trimestral, o setor completou o 15º trimestre consecutivo de crescimento frente ao trimestre imediatamente anterior.
O estado mineiro é seguido por Espírito Santo e Rio Grande do Sul (ambos com crescimento de 7,5%), Paraná (6,7%) e São Paulo (6,2%). Nestes locais, confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2007, uma vez que na estrutura industrial desses estados há forte presença de segmentos produtores de bens de consumo duráveis, principalmente automóveis e eletrodomésticos, e de bens de capital, além de setores tipicamente exportadores, diz o instituto em nota.
Comparações trimestrais e mensais
Na análise trimestral, todos os locais assinalaram resultados positivos no confronto do último trimestre de 2007 frente a igual período de 2006, com destaque para Amazonas (12,4%) e Espírito Santo (12,2%), que sustentam taxas de dois dígitos, apoiados, sobretudo, na elevada produção de motocicletas, no primeiro local, e produtos siderúrgicos e petróleo no segundo.
No confronto entre os meses de dezembro de 2007 e 2006, os índices regionais também foram positivos nos 14 locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (15,7%) e Amazonas (15,2%). Região Nordeste (9,6%), São Paulo (8,2%), Bahia (8,1%) e Minas Gerais (7,2%) completam o conjunto de locais que crescem acima da média nacional (6,4%). Os demais resultados foram: Pará (6,0%), Pernambuco (5,7%), Rio Grande do Sul (5,6%), Rio de Janeiro (3,8%), Goiás (2,7%), Paraná (2,3%), Santa Catarina (1,3%) e Ceará (1,1%).
Na passagem de novembro para dezembro, os índices ajustados sazonalmente mostram que sete locais registram taxas negativas, com Santa Catarina (-3,9%), Goiás (-2,7%) e Minas Gerais (-1,1%) apontando os recuos mais acentuados. São Paulo (-0,5%) fica próximo à média nacional (-0,6%). Entre as sete áreas que ampliaram a produção, os maiores ganhos ficam com Espírito Santo (2,7%), Pará (2,6%), Pernambuco (2,5%) e Amazonas (2,4%).

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