Minas Gerais registrou 35 casos confirmados de febre maculosa neste ano, incluindo seis óbitos, segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Outros nove casos seguem em investigação. O município de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmou um novo caso da doença, elevando para quatro o total de registros, dois deles com desfecho fatal.
Com o aumento de casos e mortes, a Prefeitura de Matozinhos decretou situação de emergência em saúde pública no início de outubro. O Decreto nº 4.081/2025, publicado no dia 2, tem validade inicial de 180 dias e visa intensificar as ações de controle e prevenção da febre maculosa no município.
De acordo com o levantamento da SES-MG, as cidades com maior número de ocorrências são Belo Horizonte (5 casos), Itabira (4 casos), Matozinhos (4 casos e 2 óbitos), Santa Luzia (3 casos), Caeté (2 casos e 2 óbitos), Antônio Dias (1 caso e 1 óbito) e Caratinga (1 caso e 1 óbito).
A febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia, sendo as espécies Rickettsia rickettsii — responsável pelos casos mais graves — e Rickettsia parkeri — associada a quadros mais leves, comuns em áreas de Mata Atlântica — as principais. A doença é transmitida pela picada de carrapatos infectados.
Os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de outras enfermidades, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre eles estão febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, além de náuseas e vômitos. O tratamento é feito com antibióticos, e em casos mais graves pode ser necessária a internação hospitalar. O atraso no início da medicação pode agravar o quadro e levar ao óbito.
As autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção, que inclui o uso de roupas claras, calças, botas e blusas de manga longa ao circular em áreas arborizadas ou com vegetação alta. Também é recomendado o uso de repelentes e a verificação frequente da presença de carrapatos em pessoas e animais de estimação. Diante de qualquer sintoma após possível exposição, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica.
Com informações do Hoje em Dia