Mesmo com a chegada de 207 mil doses da CoronaVac ao Estado nessa quinta-feira (12), pelo menos 33,5 mil mineiros seguirão sem o complemento do ciclo vacinal. Apenas metade das remessas prometidas pelo governo federal foi entregue. Apesar do déficit, a gestão estadual espera proteger toda a população acima dos 18 anos até o fim do ano.

Atualmente, a falta do imunizante produzido pelo Instituto Butantan atinge 830 cidades. De acordo com o secretário Fábio Baccheretti, as 200 mil vacinas restantes são aguardadas na próxima semana. Conforme o Ministério da Saúde, a carga será entregue por “via terrestre”. 

Em Belo Horizonte, 7 mil doses da CoronaVac são necessárias para que a capital conclua a imunização dos trabalhadores da saúde, de 43 a 49 anos, e outras 50 mil dos idosos, de 64 a 66. Na capital, a imunização desses grupos está suspensa há três semanas. 

“BH precisa de 50 mil doses para completar a vacinação dos idosos, de 64 a 66, e mais 7 mil para os trabalhadores da saúde, de 43 a 49. Na metrópole, a imunização desses grupos está suspensa há três semanas”

Baccheretti afirmou que, apesar da indicação da aplicação da segunda dose entre 14 a 28 dias após a primeira, a imunidade será adquirida mesmo depois do prazo. Porém, se o atraso for maior que uma semana, não há evidências científicas dos prejuízos em relação à eficácia da vacina. 

Maiores de 18

Segundo o chefe da pasta estadual, o Plano Nacional de Imunização (PNI) deve concluir a proteção dos grupos prioritários entre agosto e setembro. Em seguida, seria possível finalizar até dezembro a imunização da população com mais de 18 anos, prevê o Estado.

Além da CoronaVac, 420 mil unidades da Astrazeneca, produzida no Brasil pela Fiocruz, chegaram ao território mineiro nessa quinta. A vacina vai contemplar aqueles que receberam a primeira dose há três meses.

Terceira onda

Em meio à escassez de vacinas, outra preocupação é sobre a possibilidade de uma terceira onda. O secretário de Saúde garante que Minas tem se preparado. Segundo o chefe da pasta, o governo continuará expandindo leitos de terapia intensiva e comprando insumos. 

“Não significa que vai acontecer. Mas, continuaremos comprando ‘kit intubação’”, diz Baccheretti.

Além disso:

A partir de 24 de maio, parte da população de Minas poderá agendar a vacinação contra a Covid por meio do aplicativo “Saúde Digital – MG”. Através da ferramenta, as pessoas poderão se cadastrar, escolher o posto de saúde para receber a dose o e definir o horário da aplicação, conforme a disponibilidade do município.

As prefeituras terão até terça-feira para aderir ao app, que não é obrigatório. Em seguida, deverão inscrever os pontos de vacinação até sexta-feira para iniciar os agendamentos na segunda-feira seguinte. Caberá às administrações municipais informar a quantidade de doses disponíveis e os locais, evitando, assim, a formação de filas. 

Após a aplicação, o sistema gera um cartão de vacinação virtual e já faz o agendamento da segunda dose. Em seguida, as informações são compartilhadas diretamente com o Ministério da Saúde. O aplicativo pode ser baixado tanto em iOS quanto em Android.

Fonte: Hoje em Dia

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