O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), se prepara para aderir à Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que acontece entre os dias 15 e 26 de abril. A iniciativa busca reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários. Em Minas, o público alvo representará aproximadamente 3,9 milhões de pessoas. A SES prevê, para a iniciativa, um investimento de R$ 2,7 milhões
Além de indivíduos com 60 anos ou mais, estão neste grupo os trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento para a influenza, os povos indígenas, as crianças na faixa etária de seis meses aos menores de dois anos, as gestantes, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, população privada de liberdade e outras condições clínicas especiais.
?Nosso objetivo é proteger a parcela da população que corre mais risco de ter a doença na forma mais grave. A contraindicação é válida somente nos casos de alergia grave. Ou seja, são aquelas pessoas que não podem comer sequer alimentos feitos que levem ovo, por exemplo?, diz a coordenadora estadual de imunização, Tânia Brant.
Com o slogan ?Não Vacile! Vacine-se?, o Governo de Minas vai disponibilizar a vacina em 5.500 postos fixos e volantes, com 13 mil profissionais envolvidos e 1.525 veículos disponibilizados.
Para estimular a conscientização da importância da vacina, ações de comunicação foram criadas pela SES. Entre elas, serão distribuídos flyers e afixados cartazes em todo o Estado. Também será veiculada uma propaganda em 159 emissoras de rádio. A campanha será veiculada, ainda, em 90 mil sacos de pães enviados para padarias de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Betim, Sabará e Santa Luiza.
As vacinas protegem contra os seguintes subtipos de influenza: A (H1N1) ou gripe suína, A (H3N2) e B. Com 4,3 milhões de doses destinadas para o estado, a meta continua a mesma dos anos anteriores: vacinar 80% dos grupos prioritários. A vacina é composta por diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae inativados, fragmentados e purificados. A composição e concentração de antígenos hemaglutinina (HA) são atualizadas a cada ano, em função de dados epidemiológicos, segundo as recomendações da organização mundial de saúde (OMS).
A OMS estima que haja no mundo cerca de 1,2 bilhão de pessoas com risco elevado de complicações por gripe: 385 milhões de idosos, 140 milhões de crianças e 700 milhões de crianças e adultos com doença crônica. Além disso, há necessidade de proteger os profissionais que atuam na assistência a doentes.
Contraindicações
A vacina contra a influenza sazonal e pandêmica não deve ser administrada em:
– Pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia severa relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina;
– Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores também contraindicam doses subsequentes.
Precauções
– Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina a manifestação;
– Para pessoas com história pregressa de síndrome de Guillain Barré – SGB,recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa de risco-benefício da vacina.
Eventos adversos pós-vacinal
– Manifestações locais: Dor no local da aplicação, eritema e enduração ocorrem em 10% a 64% dos pacientes. São benignas e autolimitadas geralmente resolvidas em 48 horas.
– Manifestações sistêmicas: Febre, mal estar e mialgia podem começar entre 6 e 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias. mais frequentes em primo vacinados.
– Manifestações de hipersensibilidade: São raras e podem ser devido à hipersensibilidade a vacina. Reações anafiláticas graves contraindicam doses subsequentes.

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