A epidemia de dengue em Minas aumentou 22% em um intervalo de apenas sete dias. Até nessa segunda-feira (15), 121.699 casos prováveis da enfermidade foram registrados em todo o Estado. Na semana passada, eram pouco mais de 99 mil.

Os números foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), que confirmou também 14 mortes neste ano. Em relação ao último balanço, dois novos óbitos foram registrados. Outras 48 mortes suspeitas são investigadas.

Cidades onde ocorreram as mortes:

Arcos (1 caso), no Centro-Oeste

Betim (6 casos), na Região Metropolitana

Frutal (1), no Triângulo Mineiro

Ibirité (1), na Região Metropolitana

Paracatu (1), na Região Noroeste

Uberlândia (2), no Triângulo Mineiro

Unaí (2), na Região Noroeste

Segundo o boletim da SES/MG, os números de 2019 são menores do que os dos outros anos em que foram anotadas epidemias, como 2010, 2013 e 2016. Contudo, em 99 cidades mineiras, a incidência da dengue está muito alta, o que significa que a cada 100 mil pessoas que moram nessas localidades, 500 estão doentes.

A explosão de casos da doença, que neste ano é causada pelo sorotipo dengue 2, já forçou o governo de Minas a elaborar um decreto de emergência, sem data para ser publicado. O documento prevê, conforme a SES, que os municípios mais afetados possam adquirir “insumos, medicamentos e contratar profissionais com mais facilidade e celeridade”.

Região Centro-Oeste

 As 54 cidades que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis registraram 7.794 casos prováveis de dengue em 2019.

Conforme o levantamento, em menos de uma semana foram notificados 1.120 novos casos suspeitos da doença – o número passou de 6.674 casos no dia 9 de abril para 7.794 nessa segunda-feira, um crescimento de 16,78%.

Pela sexta semana consecutiva, Arcos liderou o ranking entre as cidades com o maior número de casos prováveis da doença, com 2.543 notificações – no dia 9 de abril, eram 2.360.

A taxa de incidência na cidade também aumentou de 5928,01 para 6390,57 no número de casos suspeitos da doença – índice considerado muito alto pelo Ministério da Saúde.

Além de Arcos, Candeias, Carmópolis de Minas, Iguatama, Itaguara, Itatiaiuçu, Japaraíba, Lagoa da Prata, Luz, Martinho Campos, Nova Serrana, Pains, Pimenta e São Gonçalo do Pará possuem a taxa de incidência considerada muito alta para a doença.

Casos prováveis de dengue no Centro-Oeste de Minas

Municípios Casos suspeitos de dengue População (est. 2017) Incidência Situação
Aguanil 0 4.440 0,00 Silencioso
Araújos 22 8.996 240,65 Média
Arcos 2.543 39.811 6390,57 Muito Alta
Bambuí 70 24.018 294,65 Média
Bom Despacho 18 50.042 35,88 Baixa
Camacho 1 3.604 32,62 Baixa
Cana Verde 2 5.735 34,87 Baixa
Candeias 185 15.147 1243,03 Muito Alta
Carmo da Mata 3 115.59 26,23 Baixa
Carmo do Cajuru 52 22.136 233,63 Média
Carmópolis de Minas 96 18.995 501,46 Muito Alta
Cláudio 41 28.287 144,54 Média
Conceição do Pará 11 5.515 200,73 Média
Córrego Danta 7 3.359 215,98 Baixa
Córrego Fundo 6 6.295 95,39 Baixa
Cristais 46 12.564 363,35 Alta
Divinópolis 561 234.937 237,74 Média
Dores do Indaiá 9 13.923 66,46 Baixa
Estrela do Indaiá 5 3.590 139,28 Média
Formiga 295 68.423 436,78 Alta
Igaratinga 14 10.547 130,73 Média
Iguatama 151 8.172 1894,37 Muito Alta
Itaguara 112 13.329 843,50 Muito alta
Itapecerica 7 22.158 31,59 Baixa
Itatiaiuçu 176 10.979 1594,64 Muito Alta
Itaúna 41 92.696 44,30 Baixa
Japaraíba 34 4.308 788,13 Muito Alta
Lagoa da Prata 609 51.204 1180,21 Muito Alta
Leandro Ferreira 11 3.300 340,24 Alta
Luz 236 18.400 1298,70 Muito Alta
Martinho Campos 518 13.436 3885,97 Muito Alta
Medeiros 3 3.765 79,55 Baixa
Moema 4 7.525 53,48 Baixa
Nova Serrana 646 94.681 647,59 Alta
Oliveira 16 41.907 38,53 Baixa
Onça de Pitangui 3 3.192 93,98 Baixa
Pains 74 8.391 894,30 Muito Alta
Pará de Minas 390 92.739 418,90 Alta
Passa Tempo 4 8.324 49,31 Baixa
Pedra do Indaiá 6 4.034 148,74 Média
Perdigão 14 10.846 129,08 Média
Pimenta 248 8.720 2873,36 Muito Alta
Piracema 13 6.566 202,46 Média
Pitangui 118 27.706 425,15 Alta
Santana do Jacaré 0 4.861 0,00 Silencioso
Santo Antônio do Amparo 17 18.553 91,63 Média
Santo Antônio do Monte 28 28.115 99,81 Baixa
São Francisco de Paula 3 6.673 45,91 Baixa
São Gonçalo do Pará 244 11.985 1997,35 Muito Alta
São José da Varginha 11 4.834 227,55 Média
São Sebastião do Oeste 8 6.589 119,69 Média
Serra da Saudade 1 812 127,23 Média
Tapiraí 0 1.921 0,00 Silencioso

 Zika e chikungunya

Em relação à chikungunya, Minas Gerais registrou 1.228 casos prováveis em 2019. Segundo a SES, não houve registro de óbitos suspeitos da doença neste ano.

O balanço ainda aponta o registro 465 casos de zika no estado em 2019.

 

 

 

Fonte: Hoje em Dia e G1 ||

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