A pandemia de coronavírus trouxe a expectativa de um cenário nebuloso para a economia mundial, e em Minas Gerais a Fiemg previa que a retração do Produto Interno Bruto (PIB) estadual seria superior à média nacional, que deve girar em torno de 6%. No entanto, em participação na Live do Tempo, nesta segunda-feira (1º), o presidente da Federação, Flávio Roscoe, afirmou que Minas Gerais pode acabar com um revés menos impactante que o da média nacional.

Segundo Roscoe, o fato de Minas ter enquadrado a indústria como atividade essencial logo no início da pandemia, diminuiu o impacto e trouxe para cá demandas que seriam de outros estados, com fechamento mais rígido.

“Achávamos que (o impacto) seria maior em Minas Gerais em função da atividade econômica do Estado, que seria mais afetada que a média do Brasil, que esperamos retração do PIB de 6%. Mas, com a manutenção da indústria funcionando, estamos mudando esse pensamento. Como aqui estava funcionando, pegamos pedidos de outros estados que estavam parados e, por isso, Minas Gerais pode ter perda menor que o restante da economia brasileira, enquanto nós mesmos esperávamos uma queda maior”, explicou.

Apesar do otimismo, Flávio Roscoe reforça que a expectativa positiva depende do tempo que a pandemia e suas restrições continuarem, apesar de citar medidas que garantiram milhares de empregos em Minas Gerais.

“Só a Fiemg assinou acordos para manter cerca de 300 mil empregos, estes já garantidos em função do acordo usando parte dos recursos do governo federal. São aqueles casos em que os trabalhadores tiveram redução de jornada ou paralisação. Temos 9 milhões de trabalhadores e estamos segurando esses empregos. Só para citar um exemplo, nos EUA eles tiveram 30 milhões de desempregados, apesar de terem uma população cerca de 60% maior. Mas aqui tivemos cerca de 800 mil, uma diferença muito grande, e com a economia lá mais desenvolvida que a nossa. Se preservarmos empregos e renda da população, teremos uma retomada mais rápida”, garantiu.

Segurança

Apesar da manutenção do setor em aberto, o presidente da Fiemg afirmou que não houve casos de infecção grave nas indústrias e citou até que muitas vezes os operários se sentem mais seguros no trabalho do que em casa.

“A indústria rodou e não tivemos casos de infecção grave em nenhuma empresa de Minas. E a percepção que temos é que os funcionários se sentem mais seguros do que em casa por todo o trabalho realizado de conscientização que temos, que muitas vezes não é possível em casa. Ou seja, a atividade industrial não prejudica a evolução da doença. Aqui a indústria não parou e estamos com baixos números da doença”, completou.

Fonte: O Tempo Online

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