O Ministério da Saúde atualizou nesse domingo (5) o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil, relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, foram registrados 225 casos suspeitos em todo o país, sendo 16 já confirmados e 209 ainda em investigação.

O estado de São Paulo concentra a maior parte dos registros, com 192 notificações — das quais 14 são casos confirmados e 178 seguem sob análise. Além disso, São Paulo também contabiliza as duas mortes confirmadas até o momento por ingestão de metanol. Outras 13 mortes estão em investigação: sete em São Paulo, três em Pernambuco, uma no Mato Grosso do Sul, uma na Paraíba e uma no Ceará.

Os demais casos suspeitos estão distribuídos nos seguintes estados:

  • Distrito Federal: 1 caso suspeito
  • Goiás: 2 casos suspeitos
  • Mato Grosso do Sul: 5 casos suspeitos (1 já descartado)
  • Mato Grosso: 1 caso suspeito
  • Pernambuco: 10 casos suspeitos (2 descartados)
  • Paraná: 2 casos suspeitos e 2 confirmados
  • Rondônia: 1 caso suspeito
  • Piauí: 2 casos suspeitos
  • Rio Grande do Sul: 2 casos suspeitos
  • Rio de Janeiro: 1 caso suspeito
  • Paraíba: 1 caso suspeito
  • Ceará: 3 casos suspeitos

Os estados da Bahia e do Espírito Santo chegaram a registrar ocorrências, mas os casos foram descartados após análise.

Diante da gravidade da situação, o Ministério da Saúde anunciou a importação emergencial de 2,6 mil frascos de Fomepizol, antídoto utilizado no tratamento de intoxicação por metanol. O medicamento, que será enviado do Japão, deve chegar ao Brasil ainda nesta semana, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Além disso, o governo federal adquiriu mais de 16 mil ampolas de etanol farmacêutico, outro medicamento utilizado no tratamento dos pacientes intoxicados. “O Ministério da Saúde tinha adquirido 4,3 mil ampolas do etanol farmacêutico para ter um estoque estratégico. Nós adquirimos mais 12 mil ampolas no laboratório nacional”, informou o ministro.

Diante do avanço dos casos, o Ministério da Saúde orienta que a população evite, neste momento, o consumo de bebidas destiladas, especialmente aquelas de procedência duvidosa. A pasta segue monitorando a situação e adotando medidas emergenciais para conter os riscos à saúde pública.

Com informações do Metrópoles

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