Em reunião, nesta terça-feira (8), no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu ao senador Rodrigo Pacheco, líder do Democratas, que o reservatório de Furnas, no Sul e Sudoeste de Minas Gerais, é prioridade no Governo federal.

O nível da água cada vez mais baixo tem prejudicado, não somente a produção de energia, mas toda a população do entorno do lago, que depende da navegação, do turismo e da produção agrícola. No encontro, que contou com o presidente Jair Bolsonaro, com o líder da bancada mineira no Congresso, deputado Diego Andrade (PSD), e com outros parlamentares mineiros, Pacheco criticou a falta de uma política energética eficaz para o estado. “É preciso identificar o real problema disso. Não é só falta de chuva. É falta de uma política energética que contenha a vazão de águas”, destacou.

Ao senador Rodrigo Pacheco, o ministro Bento Albuquerque afirmou que irá pessoalmente à represa de Furnas para explicar à população os principais desafios para restabelecer o nível de água do reservatório. “O objetivo desse encontro foi levar o problema crônico que estamos vivendo no Sul de Minas Gerais relativo ao nível do reservatório de Furnas. O presidente Bolsonaro, mais uma vez, foi receptivo. O ministro detectou problemas relativamente a isso e tem buscado dar soluções. Disse, inclusive, que o reservatório de Furnas é uma prioridade do Ministério de Minas e Energia e se comprometeu a ir, presencialmente, até o reservatório para poder dar uma satisfação à sociedade, estabelecer um diagnóstico do problema e o prognóstico de solução, já que estamos iniciando o período de chuvas, para poder recuperar o reservatório o quanto antes”, disse Pacheco.

Rodrigo Pacheco é um dos principais defensores, no Congresso, da mudança da cota mínima da represa de 756 para 762, considerada ideal por moradores, produtores e empreendedores da região. O senador também tem buscado explicações oficiais e pedido providências urgentes para o baixo nível de Furnas. No Senado, o parlamentar já promoveu audiência pública com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Furnas, Agência Nacional das Águas (Ana), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com o próprio Ministério de Minas e Energia. Também apresentou requerimento de convocação aos diretores dessas agências e ao ministro Bento Albuquerque, pedindo informações sobre a situação da represa. No dia 7 de outubro, em encontro com Bolsonaro, o líder do Democratas pediu ainda providências em relação à cota mínima para Furnas.

Hoje, mais de 500 mil pessoas, em 34 municípios do Sul e Sudoeste de Minas Gerais, dependem da água da represa. O nível da hidrovia está tão baixo que, na última quarta-feira (2), representantes do ONS e da hidrovia Tietê/Paraná, apontada como uma das principais razões para o baixo nível de Furnas, anunciaram a interrupção da navegabilidade na hidrovia devido à falta de chuvas e à crise energética. “Não é possível a situação continuar como está. O nível cada vez mais baixo, comprometendo a razão do lago, que é a produção de energia, mas também de outros aspectos, como a navegabilidade, o turismo, a piscicultura, a produção agrícola, agropecuária. Essa é uma novela longa, uma luta duradoura. Sempre soube que teríamos dificuldade nisso, mas estamos tentando construir uma solução. Precisamos reivindicar, com firmeza, aquilo que é um anseio da população de Minas Gerais”, afirmou Pacheco.

Assessoria Senador Rodrigo Pacheco

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