Adultos são mais propensos a apresentar efeitos colaterais leves e moderados após a combinação de doses das vacinas AstraZeneca-Oxford e Pfizer-BioNTech, aponta um estudo liderado pela Universidade de Oxford (Reino Unido).

Calafrios, dores de cabeça e dores musculares foram relatados com mais frequência quando diferentes doses de vacina foram combinadas.

Todas as reações adversas ocorreram por um período curto, e não houve nenhuma ocorrência grave relacionada à segurança da vacina.

“É uma descoberta realmente intrigante e não algo que estávamos necessariamente esperando”, disse o professor Matthew Snape, do Oxford Vaccine Group.

O estudo Com-Cov teve início em fevereiro de 2021 com o objetivo de avaliar se a aplicação de doses de diferentes vacinas na mesma pessoa poderia conferir uma imunidade mais duradoura, uma maior proteção contra novas variantes do coronavírus ou simplesmente permitir que as unidades de saúde misturem vacinas se houver problema no fornecimento de algum fabricante específico.


Ainda não há dados conclusivos sobre essas questões, mas pesquisadores estimam que a combinação de imunizantes tenda a conferir uma imunidade maior.

Sobre a questão de facilitar o manejo dos estoques, as províncias canadenses de Ontário e Quebec disseram que planejam misturar vacinas em um futuro próximo, em meio à incerteza sobre a entrega da vacina AstraZeneca-Oxford e preocupações sobre a formação raríssima de coágulos sanguíneos como efeito colateral do imunizante.

O estudo, liderado pela Universidade de Oxford, avaliou 830 voluntários com mais de 50 anos. Espera-se que os primeiros resultados completos sejam publicados em junho.

Mas os dados preliminares já foram publicados em uma carta de pesquisa na revista médica Lancet.

Cerca de 10% das pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca-Oxford (com quatro semanas de intervalo entre elas) relataram febre. Mas se elas recebem uma dose da AstraZeneca-Oxford e outra da Pfizer-BioNTech, independentemente da ordem, a proporção das pessoas que relataram febre aumentou para cerca de 34%

“As mesmas diferenças reais se aplicam a outros sintomas, como calafrios, fadiga, dor de cabeça, mal-estar e dores musculares”, afirmou Snape, pesquisador-chefe do estudo.

Fonte: Estado de Minas

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