Morreu, na madrugada desta segunda-feira (3), mais um paciente internado em Belo Horizonte com sintomas de intoxicação por dietilenoglicol – substância tóxica encontrada pela perícia da Polícia Civil em lotes de bebidas da Cervejaria Backer. O homem, cuja identidade ainda não foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), teria permanecido internado no Hospital Madre Teresa, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira. A informação do óbito foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta manhã e, com isso, chega a 5 o número de mortos por suspeita de intoxicação pela cerveja em Minas Gerais. O corpo do paciente está no Instituto Médico Legal (IML), ele tinha 75 anos.

Ele teria apresentado o mesmo quadro sintomático de outros pacientes após ingerir cervejas da Backer – ao todo, 41 lotes das bebidas estariam contaminados. Entre as principais características da intoxicação por dietilenoglicol estão o aparecimento de problemas renais, até insuficiência completa, e alterações neurológicas, como cegueira parcial e completa.

Ao todo, há 30 casos de intoxicação pela substância sendo investigados em Belo Horizonte. Quatro pessoas não resistiram à gravidade do estado de saúde e morreram entre dezembro e o mês de janeiro. Um dos óbitos está entre os quatro casos em que foi confirmada a presença de dietilenoglicol no sangue – trata-se de um bancário aposentado de 55 anos, internado na Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que morreu em 7 de janeiro. 

Além dessa substância tóxica, que a Backer nega usar em seu processo de produção da cerveja, também foi encontrado monoetilenoglicol em amostras colhidas da bebida na própria empresa. Não apenas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que está envolvido na força-tarefa para investigar o caso, declarou ter encontrado o dietilenoglicol também na água da fábrica da Backer, na região Oeste de Belo Horizonte. A empresa responsável por fornecer o monoetilenoglicol para a Backer (o líquido anticongelante é usado em tonéis de cerveja) também está sob investigação.

 

Fonte: O Tempo ||
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