O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (19) que a democracia fica comprometida se as Forças Armadas forem “indisciplinadas” ou comprometidas com “projetos ideológicos”.

Mourão foi questionado por jornalistas, na chegada ao Palácio do Planalto, sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas”.

O presidente já tocou neste assunto várias vezes. É óbvio que se você tiver Forças Armadas indisciplinadas ou comprometidas com projetos ideológicos, a democracia fica comprometida, né? Não é o caso aqui no Brasil, obviamente. Mas nós temos nosso vizinho aí, a Venezuela, que vive uma situação dessas aí”, afirmou Mourão.

O vice-presidente afirmou que as Forças Armadas no Brasil são disciplinadas e não têm lado político.

“As Forças Armadas são totalmente despolitizadas. Não estão comprometidas com nenhum projeto ideológico. As Forças Armadas estão comprometidas com a missão delas. Já foi dito isso, várias vezes, pelo ministro da Defesa e pelos comandantes de Força”, completou o vice.

Vacina

O vice-presidente foi questionado se as críticas ao trabalho do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não poderiam desencadear críticas às Forças Armadas. Pazuello é general da ativa do Exército Brasileiro.

“Qualquer militar sempre é visto com representante das Forças. A situação do ministro Pazuello como ministro da Saúde: ele vem procurando as melhores soluções para essa crise da pandemia. Óbvio que isso tem pontos a favor e pontos que são contra a gestão dele”, afirmou Mourão.

Mourão disse ainda que não viu como erro o atraso em alguns voos com carregamento de vacina para os estados nesta segunda.

“Eu acho que não deu errado. Vamos lembrar o que o ministro já tinha falado algumas semanas atrás: que a partir do momento que a vacina fosse aprovada, se levaria de dois a três dias para que ela tivesse colocada em todos os pontos do Brasil”, disse.

Segundo Mourão, houve uma expectativa que a vacina chegaria de que a vacina chegaria “da noite para o dia” em todos os lugares do Brasil, o que não corresponde à realidade.

Fonte: G1

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