As torcidas organizadas de Cruzeiro e Atlético têm até 15 de abril para assinar termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE). O objetivo do cadastramento é regulamentar o funcionamento das instituições em decorrência dos casos de violência noticiados nos últimos meses, como o assassinato do torcedor atleticano Lucas Anastácio, de 20 anos. Caso o documento não seja assinado, os integrantes das organizações podem ser impedidos de frequentar estádios de Minas.
Desde o início do fichamento das torcidas, foram identificadas 50 organizações dos dois maiores clubes do estado, sendo 35 do Cruzeiro e 15 do Atlético. Todas as agremiações deverão ser cadastradas. De acordo com o tamanho, são distintas as obrigatoriedades. Em casos de torcidas com até 300 integrantes, como a Cruchopp e a Galomed, que possuem cerca de 200 integrantes cada uma, o único pedido é a elaboração de estatuto social e a entrega de cópia do documento na Federação Mineira de Futebol (FMF).
Segundo o promotor de Justiça José Antônio Baêta de Melo Cançado, o objetivo não é extinguir as torcidas e, sim, incentivar a prática da rivalidade sadia, que possa contribuir com a atração de mais torcedores aos jogos.
O promotor explica que foi expedida recomendação à FMF para que a entrada de integrantes de torcidas organizadas nos estádios somente seja permitida com a regularização da entidade junto ao MPE. Neste caso, frequentar jogos de futebol com apetrechos da Máfia Azul, Galoucura e demais agremiações, como calção, camisa, faixa, só deve ser permitido com a regularização.
Na hipótese de a torcida organizada se envolver em qualquer ato de violência, a medida educativa de suspensão de comparecimento aos estádios consistirá na proibição de que qualquer torcedor vinculado à respectiva torcida entre nos estádios trajando apetrechos que possam identificar a entidade. A penalidade será aplicada pelo prazo de até um ano, prevê o segundo parágrafo da sexta cláusula do TAC.
Além disso, o termo prevê o cadastramento digital, no prazo de seis meses, de todos os integrantes das torcidas. Deve ser preenchido por meio eletrônico documento com nome completo, naturalidade, filiação, RG, CPF, endereço residencial e comercial, fotografia e assinatura do componente e, em seguida, encaminhado à FMF e a Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec).
Segundo o promotor de Justiça José Antônio Baêta de Melo Cançado, o objetivo não é extinguir as torcidas e, sim, incentivar a prática da rivalidade sadia, que possa contribuir com a atração de mais torcedores aos jogos.
O promotor explica que foi expedida recomendação à FMF para que a entrada de integrantes de torcidas organizadas nos estádios somente seja permitida com a regularização da entidade junto ao MPE. Neste caso, frequentar jogos de futebol com apetrechos da Máfia Azul, Galoucura e demais agremiações, como calção, camisa, faixa, só deve ser permitido com a regularização.

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