Se você é alucinado pela palavra “promoção”, acompanhada de grandes números como 70%, 80% e até 90% de desconto, fique ligado. Em semana de Black Friday – data criada originalmente nos Estados Unidos para acabar com o que restou dos estoques do Dia de Ação de Graças, mas que nos últimos anos foi adotada também no Brasil – tudo que parecer muito chamativo ou atraente pode maquiar fraudes.

Criminosos do mundo virtual criam sites falsos, espalham spams e vírus para roubar dados e até prometem mercadorias que não têm em estoques. Para a sexta-feira de compras não se tornar uma “black fraude”, alertam os especialistas, é preciso desconfiar de preços muitos baixos e salvar todos os registros de compra, principalmente online.

“Não é recomendado acessar links enviados por e-mail, telefone ou redes sociais. Desconfie sempre de preços muito baixos. Na hora da compra, é recomendado o próprio consumidor digitar o endereço do site que deseja comprar. É bom ficar atento aos preços, estoque do produto e data de entrega”, orienta o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa. Caso nada disso seja cumprido, munido de documentos, o consumidor pode se direcionar ao Procon mais próximo.

Para saber se o desconto é real, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) orienta pesquisar antes o preço do produto que se pretende adquirir. E ainda adverte os gastadores: depois da Black Friday, chega a hora de pagar o IPTU, o IPVA, a matrícula escolar e outras despesas. “Muitas empresas maquiam o preço para que o produto pareça mais barato. Ou seja, sobem o valor na véspera e baixam na data como se fosse uma oferta. Essa prática é considerada publicidade enganosa, e o estabelecimento pode ser penalizado”, alerta a entidade.

Práticas como o pagamento exclusivamente por boleto podem indicar irregularidades. “Esse tipo de ação, além de não passar pela verificação da administradora do cartão, caso haja fraude, não dá ao consumidor o direito de reaver o valor pago”, reforça o Idec.

Passagem aérea fica 168% mais cara no dia

O preço das passagens aéreas durante a Black Friday já subiu até 168%, segundo pesquisa realizada pelo Kakay, ferramenta de planejamento de viagens. Ainda conforme o levantamento, comprar bilhetes após a data tornou-se mais atrativo do que antes dela.

Os dados foram coletados uma semana antes, uma depois e durante a sexta-feira de compras em 2017. Passagens para Natal (RN) e Buenos Aires, na Argentina, ficaram até 168% mais caras em relação aos preços pesquisados semanas antes e após a data. Em uma lista de 15 destinos mais buscados para viagens, só três (São Paulo, Fortaleza e Orlando, nos EUA) estavam mais baratos na Black Friday se comparados às semanas anterior e seguinte.

“Em termos de viagem, a gente nota que o principal é o planejamento. O fim de novembro coincide com Natal, réveillon e férias escolares, períodos de intensa busca por viagens. Procurar por um destino específico em uma dessas datas pode não ser atrativo na Black Friday. Mas para aqueles que buscam se programar para o Carnaval, férias de julho de 2019, pode ser uma boa oportunidade. A dica é aproveitar as promoções disponíveis, que certamente aparecerão na semana”, diz o líder de operações do Kakay no Brasil, Eduardo Fleury.

Online

A plataforma Precifica criou um sistema para que os compradores possam acompanhar, em tempo real, os valores dos produtos e, assim, saber o melhor momento para comprá-los. O endereço é: www.precifica.com.br/black-friday-ao-vivo

 

 

Fonte: O Tempo ||

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