Uma projeção feita pelo corpo técnico do Centro de Operações de Emergência em Saúde aponta que o esgotamento dos leitos de UTI da rede pública de Minas Gerais pode acontecer ainda nesta quinta-feira (25).

A análise consta no relatório de transparência publicado no site do Minas Consciente. O estudo estima que a necessidade de leitos será superior à quantidade existente após esta semana e a situação poderá se tornar mais complicada entre os meses de julho e agosto, período estimado para a ocorrência do pico da pandemia no Estado.

A hipótese do colapso próximo do Sistema Único de Saúde (SUS) pôde ser trazida à baila pelo promotor Luciano Moreira, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Saúde do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “Eu não quero ser alarmista, mas precisamos de uma conscientização do Estado, dos municípios, da área econômica e da população. Este é um momento sério. Não está determinado que haverá falta de leitos, mas existe um risco muito grande de faltar. O Estado, por sua vez, precisa indicar claramente que só devem funcionar os serviços essenciais. As pessoas estão relaxadas, comparecendo a espaços públicos sem máscaras, não pode acontecer”, declara.

Estado crítico em Minas

No primeiro dia do mês, a Secretaria de Estado de Saúde declarou a existência de 10,6 mil infectados no Estado; número chegou a 28,9 mil nessa segunda-feira (22).


O Governador Zema, questionado se um sinal amarelo acendeu no governo após o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias em Minas Gerais, respondeu que sim e completou que o governo está preocupado com a inclinação da curva. “Fico apreensivo com essa inclinação na curva. Mas, de certa maneira, os estatísticos já esperavam, porque estamos caminhando no próximo mês para aquilo que chamam do pico da curva”, afirmou. “Mas não é bom, o número de casos está aumentando todos os dias e isso começa, sinceramente, a causar um certo desconforto”, disse.

Arcos

Diante desse quadro difícil, até mesmo reconhecido pelo governador, o prefeito de Arcos, Denilson Teixeira e o Comitê de Enfretamento ao Coronavírus estudam revogar a flexibilização do comércio, caso as medidas dos decretos emitidos não forem respeitadas.

“A economia é muito importante, todos nós precisamos trabalhar, ganhar o pão de cada dia para o sustento de nossas famílias. Mas a preservação das vidas é primordial. Peço, encarecidamente, aos arcoenses, que levem à sério essa doença e cumpram à risca as determinações dos decretos e os cuidados, amplamente divulgados”, declara o prefeito.

Em Arcos, o número de casos de Covid-19 chegou a 40, sendo 33 residentes do município (destes, quatro estão em isolamento domiciliar e 29 recuperados) e 17 residentes de outras cidades. Há um óbito em investigação. 71 pessoas são monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde – conforme consta no último boletim epidemiológico divulgado às 13h30 desta segunda-feira.

Fonte: Portal Arcos

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