O presidente Jair Bolsonaro disse nessa quarta-feira (7), em Chapecó (SC), que o Brasil não fará um lockdown nacional e que não adianta imaginarem que o coronavírus vai embora. Segundo ele, o vírus veio para ficar para a vida toda e que “não é hora de ver a biografia”. Ele ainda elogiou a política para o combate à pandemia na cidade, que tem média de mortes acima da nacional.

“Apareceram, as medidas restritivas, que eu nunca fui favorável a ela, a não ser numa emergência. A não ser naquele momento para você melhor preparar as suas unidades de saúde. Lamentavelmente, isso continua valendo. Quem abre mão de um milímetro de sua liberdade em troca de segurança está condenado, no futuro, a não ter segurança e não ter liberdade. Vamos buscar alternativas. Não vamos aceitar a política do ‘fique em casa’, feche tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros, veio pra ficar e vai ficar a vida toda. Não é a hora de ver biografia. Eu estou me lixando pra 2022. Vai ter uma pancada de candidato aí. Seria muito mais fácil a gente ficar quieto, se acomodar, não tocar nesse assunto, ou atender, como alguns querem da minha parte…. que posso fazer um lockdown nacional. Não vai ter lockdown nacional”, enfatizou.

Ele voltou a defender a legitimidade do tratamento precoce, sem citar o nome dos medicamentos que normalmente citava, como cloroquina e ivermectina. Esses tratamentos não têm eficácia comprovada e não são usados nos outros países do mundo, em razão de trazerem riscos à saúde sem benefícios ao paciente.

“Começou-se uma grande preocupação: o que fazer então para combater o coronavírus? Chamei o ministro da época no protocolo dizia que tinha que ministrar, que poderia ministrar tal medicamento somente em estado grave. Eu falei pra ele: ‘Olha, não sou médico, mas se em estado grave, segundo o seu protocolo, pode dar certo, porque não começa, desculpe a redundância, no início?'”, destacou.

“Tomei um medicamento, todo mundo sabe qual foi, no dia seguinte estava bom. Muitos fizeram isso. Agora, não podemos admitir impor limites a médicos. Se o médico não quer receitar aquele medicamento, que não receite. Se outro cidadão qualquer acha que aquele medicamento não está certo porque não tem comprovação científica, que não use. É liberdade dele”, completou.

Fonte: O Tempo

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