O Lago de Furnas segue com nível abaixo da cota 762 estabelecida em fevereiro deste ano em Resolução publicada pela Agência Nacional das Águas (ANA).

A represa está, atualmente, com nível de 759 acima do nível do mar. A determinação do órgão vale até o fim de maio e pode terminar sim que a cota seja atingida.

Em maio de 2020, quando não existia a determinação da ANA, o nível estava em 763,7, enquanto agora está abaixo da cota 762 estabelecida. O volume útil em maio do ano passado era de 66,90% enquanto atualmente é de 38,32%.

Em 17 de fevereiro, a ANA publicou uma Resolução para melhorar o acúmulo de água em Furnas. Essa Resolução estabelece que quando o reservatório estiver abaixo de 762 e acima de 750, Furnas vai ter vazão de 400 metros cúbicos por segundo. Se estiver acima de 762, vai ter vazão de 500 metros cúbicos por segundo.

Desde que a Resolução começou a valer, o lago não chegou à cota 762, que é considerado o mais seguro para atender todos os setores, como turismo, piscicultura e geração de energia. O nível até chegou a subir, mas não o suficiente. E a Resolução da ANA termina agora no final de maio.

Essa situação preocupa e representantes da Associação dos Municípios Banhados pelo Lago de Furnas (Alago) estão em Brasília para uma série de reuniões para tentar estender o prazo da resolução.

“Nós buscamos a continuidade do acordo firmado no dia 12 de fevereiro de 2021, da vazão do Lago de Furnas e Peixoto. Nós queremos que esse acordo seja prorrogado até o próximo período chuvoso, que é a garantia do espelho d’água mínimo necessário para as atividades que se desenvolvem ao redor do lago, é de extrema importância para todo país”, destacou o presidente da Alago, que também é prefeito de Cristais.

Ainda de acordo com o presidente, um encontro com a ANA está previsto para esta semana para que a situação possa ser acordada.

A Agência Nacional das Águas confirmou que o nível de Furnas está abaixo de 762 metros e que então a vazão de 400 metros cúbicos por segundo está sendo respeitada.

Já segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nos últimos anos, o país passou por uma escassez hídrica que não permitiu a total recuperação dos níveis dos reservatórios. De forma preventiva, segundo o ONS, desde outubro de 2020, com autorização do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, foi iniciado o despacho de térmicas por garantia energética e a importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Em maio, o Operador Nacional do Sistema Elétrico foi autorizado a ampliar as medidas excepcionais e a acionar as térmicas, para manter o sistema interligado nacional equilibrado.

Fonte: G1

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