O governador Alberto Pinto Coelho (PP) deu posse, nesta segunda-feira (7), ao novo secretariado de governo, que comandará o Estado nos próximos nove meses. A divisão, apesar de técnica, também seguiu critérios políticos, e conseguiu agradar à maior parte dos partidos aliados, o que poderá render bons frutos eleitorais neste ano.

Nesta segunda, na Cidade Administrativa, mais do que o ar de ?novo governo?, com a posse de oito novos nomes, também ficou claro o clima pré-eleitoral. Não por acaso, os presidentes dos partidos da base governista participaram do evento e confirmaram apoio ao PSDB nas eleições de outubro.

Entre os 17 nomes do primeiro escalão, ao menos seis são diretamente ligados a legendas políticas. Os que mais saíram ganhando com o troca-troca no Executivo foram PDT e PPS. As duas siglas, que tinham perdido cargos na última reforma administrativa, voltaram a comandar secretarias importantes.

Segundo o novo secretário de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas, Raimundo Benoni, agora, o PPS se sente contemplado. ?Creio que sim (nos sentimos bem-contemplados). Tenho uma boa relação com o governo?, afirmou.

Mesmo os partidos que perderam espaço na administração estadual não reclamaram do Executivo. O PSD, por exemplo, deixou de ocupar duas secretarias, mas pretende permanecer na base. ?O que vamos fazer agora é conversar com o governador para que ele mantenha a atenção aos nossos deputados. Temos essa garantia?, disse ontem o novo presidente estadual do PSD e nome cotado para suplente de Anastasia na disputa ao Senado, Alexandre Silveira.

Críticas

Nesta segunda-feira (7), o governador Alberto Pinto Coelho prometeu, mais uma vez, dar continuidade aos projetos de Anastasia, mas disse que dará atenção à mobilidade urbana e segurança pública.

O governador aproveitou ainda para criticar a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, a queda na avaliação do governo da petista ?é reflexo da preocupação latente na economia?.

Lei 100

Prazo. Alberto Pinto Coelho disse que usará os 12 meses definido pelo STF para decidir sobre os servidores da educação atingidos pela Lei 100. Ou seja, o problema pode ficar na mão do próximo governador.

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