A Fundação Ezequiel Dias (Funed) identificou 195 casos de Influenza A/H3N2 e uma de Influenza A/H1N1 em Minas Gerais, entre os dias 1º e 28 de dezembro, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O resultado aconteceu por meio de pesquisas voltadas para o vírus da gripe utilizando metodologia de RT-PCR. O balanço divulgado no dia 23 indicava 147 casos, ou seja, 48 amostras foram identificadas em cinco dias – um crescimento de 32,6%.

A cepa de H3N2 é apontada por muitos especialistas como a responsável pelo grande aumento de casos de gripe em diversas regiões do país neste fim de ano. A SES-MG não utiliza as palavras surto ou epidemia para definir a alta transmissão do vírus, prefere dizer que houve uma antecipação da sazonalidade da gripe.

“Considerando a situação observada em outros estados e cidades e identificando mais recentemente a presença do vírus da Gripe circulando em parte das cidades mineiras, pode-se afirmar que temos no estado a antecipação da sazonalidade da gripe com características de transmissão local, sustentada pelo vírus influenza e também associada à circulação de outros vírus respiratórios causadores de Síndrome Gripal”, afirma a secretaria.

Entre os vírus respiratórios em circulação, ainda está o Sar-Cov-2, que continua circulando, mesmo com a boa cobertura vacinal no Estado – cerca de 85% do público-alvo está com imunizado com duas doses ou dose única. A taxa de transmissão (Rt) cresceu de 1,03 para 1,13 em Belo Horizonte.

Testagem para Influenza

A SES-MG informou ainda que a testagem para Influenza no SUS “é realizada na rotina programática e amostral da Vigilância Sentinela da Influenza, para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Hospitalizados ou óbitos suspeitos de SRAG, além de situações de surtos de Síndrome Gripal”. Ou seja, o protocolo prioriza a testagem em casos graves.

A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que realiza a vigilância dos casos de Síndrome SRAG nos hospitais e UPAs para monitorar não só o estado de saúde dos pacientes como também qual o vírus predominante. Esses dados servem para orientar a assistência prestada aos pacientes assim como a elaboração das vacinas.

“Em 2021, até 26 de dezembro, 7 pessoas necessitaram de internação devido à H3N2 e não houve óbito. Em 2020, durante todo o ano, foram 34 casos de H3N2 que necessitaram de internação e quatro óbitos”, afirmou a Secretaria Municipal de Saúde da capital.

A pasta acrescentou ainda que “os usuários com sintomas gripais, atendidos nos Centros de Saúde e nas UPAs, fazem teste rápido de antígeno para Covid-19 na própria unidade, o que auxilia no diagnóstico diferencial”.

A secretaria informou ainda que, em 2020, foram realizados cerca de 273 mil atendimentos por doenças respiratórias nos centros de saúde e, em 2021, foram cerca de 399 mil atendimentos (até dia 26 de dezembro).

Fonte: O Tempo

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