O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, está sendo acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), pela suposta existência de um esquema de “rachadinha”, onde os funcionários devolvem parte do dinheiro, lavado em uma loja de chocolates, em que o Senador é sócio, e em imóveis, em seu gabinete, quando exerceu o mandato de deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O acusado negou, disse ser vítima de perseguição política, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão do processo, por constrangimento ilegal.

Senador não pode ser preso, salvo em flagrante de crime inafiançável, conforme preceitua o § 2०, do artigo 53, da Constituição. Agora, caso seja condenado, com trânsito em julgado, nos termos do inciso VI, do artigo 55, o Senador perderá o mandato e, assim, poderá vir a ser preso.

Os defensores de Bolsonaro, ao temer a prisão de Flávio, podem vir a se unir aos aliados de Lula na luta contra o trânsito em julgado em 2ª. instância.

A situação é grave e o presidente, acuado, teme as consequências e o desgaste. Desorientado, no dia 20 de dezembro, concedeu entrevista, desacatou os repórteres e apresentou explicações desarrazoadas.

Contestou o trabalho do MP-RJ, ao afirmar: “Você já viu o MP do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer corrupção, qualquer deslize, qualquer agente público do Estado? Olha que é o Estado mais corrupto do Brasil.”

A seguir, atacou o governador do Rio Janeiro, Wilson Witzel, e o juiz, dessas maneira: “Agora o seguinte, olha só. Já perguntaram para o governador Witzel, porque a filha do juiz Itabaiana está empregada com ele? Já perguntaram? E pelo que parece, não vou atestar aqui, é fantasma. Já foram em cima do MP vê se vai investigar o Witzel?”

Jair Bolsonaro diz ter emprestado R$40 mil para Queiroz, o qual pagou com cheque de R$27 mil à sua esposa e o resto em dinheiro, sem comprovante. Comparou não terem comprovante de pagamentos, ele e o seu filho, ao fato das pessoas não terem notas fiscais de itens básicos de consumo, nesses termos: “…você tem a nota fiscal do relógio que está contigo no braço? Não tem. Você tem nota fiscal do seu sapato? Não tem.”

Ora, um homem público, deve ficar alerta para comprovar todas as suas transações financeiras, pois deve explicações a toda sociedade.

Flávio e Jair Bolsonaro criticaram o vazamento das informações sigilosas, mas, recentemente, não foram contra esse procedimento efetuado pela Operação Lava Jato. Essa prática, deve ser vedada, pois gera a condenação pública antecipada de pessoas, por supostos crimes, mas, mesmo inocentadas no futuro, já foram condenadas pela sociedade.

Infeliz do nosso país. Nosso governante não tem sabedoria (origem de todas as coisas) para entender as vicissitudes da vida e ter empatia para o sofrimento alheio, clama Deus e não se comporta a altura do cargo que ocupa.

COMPATILHAR: