Você se lembra de algum daqueles slogans que normalmente as administrações públicas adotam no início de seus mandatos e que integram as logomarcas criadas a preço de ouro, quase sempre pelos “marqueteiros” que trabalharam incansavelmente para eleger os novos ocupantes da cadeira número 1? Pois bem, ao nosso ver, aqui na cidade de Formiga, o título deste editorial, caberia como tal, perfeitamente.

A julgar pelo volume de obras até hoje aqui concluídas, pelo não cumprimento, ainda que minimamente, das promessas de campanha e pela atual situação econômico-financeira alardeada pela própria administração e que serve de justificativa para tudo o que se sabe, sem dúvida, a frase espelha a realidade hoje vivida pela população formiguense.

É certo que todo mundo sabe e se lembra daquele malsinado decreto 6154, de 22 de maio de 2014, que vigorou a partir de 1º de maio do ano passado que, ao arrepio da lei, fez com que o formiguense se visse obrigado a pagar 25% de aumento nas contas de água (ou de ar) pelo consumo medido pelos hidrômetros. E à época, se justificava a intempestiva medida em razão da necessidade de se investir no nosso sistema de adução, tratamento e distribuição de água, causa segundo o governo, de todos os problemas de não abastecimento, pelos quais passamos.

Registramos aqui que tal investimento era e é mais que necessário, mas, exatamente agora, decorridos 15 meses do início da tal cobrança, perguntamos: o que de fato foi feito para se evitar o que todo mundo sabe, mais uma vez ocorrerá nos próximos meses, já que sequer se pensou na necessidade mais que óbvia, de se criar uma forma de armazenamento do precioso líquido, a montante da captação? Será que os poços artesianos colocados em funcionamento e alardeados como sendo a grande ‘sacada’, com o vertiginoso aumento nos custos de energia e funcionando a todo vapor por tanto tempo, não correm o risco de diminuírem suas vazões ou de se esgotarem? Será mesmo esta a solução mais econômica ou estaremos imaginando algo do tipo, se não tem água para gerar energia, usemos as termoelétricas! Bem, em matéria de geração de energia ainda que a custos altíssimos, isto é possível. Mas, em se tratando de captação e tratamento de água, se ela não correr no rio…

Mas, vamos ao que nos interessa; se há 15 meses estamos pagando por algo que até provem em contrário é “ilegal”, como poderá este mesmo povo, acreditar que as tais taxas de iluminação pública, absurdas e totalmente desprovidas de qualquer legalidade, não estarão após seus vencimentos, colocando milhares de contribuintes na vala dos inadimplentes?

O que de fato a Câmara de Vereadores que aprovou a aberração e já reconheceu publicamente a burrice cometida (afinal todos já se manifestaram a respeito em plenário), fez para derrubar tal erro?

E as lideranças de entidades de classe, sindicatos, OAB, Procon, MP e tantos outros como a própria imprensa, estão de fato dando ao grave problema, a importância devida?

Será que mais uma vez, o vale-tudo irá funcionar contra o bolso do povo?

 

Que ele se vire! Elegeu, agora se vire! Nosso negócio e arrecadar! Realizar são outros 500. Ao menos até o ano que vem, por sinal, ano de eleições!

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