A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, que está em Hong Kong para participar de um fórum regional de saúde, disse nesta segunda-feira (21) que o vírus A (H1N1) parece não ter sofrido mutação.
O vírus pode sofrer mutação a qualquer momento. Mas, de abril até agora, podemos observar, pelos dados que os laboratórios nos ofereceram, que o vírus ainda é muito similar (a seu estado prévio), disse Chan na conferência, que reúne até sexta-feira ministros e especialistas de saúde de 37 países e territórios da região do Pacífico oeste.
Chan também afirmou que a produção das vacinas continua progredindo, além de indicar que estas foram, até o momento, muito efetivas, informou hoje a Rádio Televisão de Hong Kong.
No mundo todo, há cerca de 25 farmacêuticas fazendo vacinas, e gradualmente estão chegando a sua produção, disse a responsável da OMS, acrescentando que, apesar de a maior parte das firmas se encontrar em países desenvolvidos, também estão sendo produzidas vacinas em países em desenvolvimento, como a China.
Além da pandemia da nova gripe, o fórum debaterá sobre a malária, o tabagismo, a aids e a tuberculose.
Segundo o mais recente relatório da OMS, cerca de 300 mil pessoas no mundo todo foram infectadas com o vírus da nova gripe, das quais 3,486 mil morreram, o que situa o nível de mortalidade em 1,17% (frente a 0,1% da gripe comum).
Outros potenciais vírus pandêmicos dos quais a OMS tinha alertado desde 2003, como a gripe aviária ou a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Severa), mostram índices letais de entre 40% e 60%.
No entanto, também não sofreram mutações que permitissem seu contágio em massa entre humanos, como aconteceu em 1919 com a gripe espanhola (índice letal de 20%), que deixou entre 40 e 50 milhões de mortos.

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